Empresário - vocação ou destino
Convém nunca esquecer que quem "faz" as empresas são as pessoas
Empreendedorismo, significa transformar uma boa ideia num novo negócio, estável, rentável e com futuro, mas implica também saber como lidar com todos os aspectos, desde a criação da empresa, à sua gestão efectiva, passando por outros temas como planificação, recrutamento e liderança.
Gosto desta definição e em tese, está tudo bem; pô-la em prática e muitas vezes isso acontece, como diz a vox populi, é onde a “porca torce o rabo”...
Senão vejamos hoje, inclusivamente, há cursos e formações para isso; é um pouco como as Escolas de futebol, onde vemos pais interessados, alguns quase “desesperados” e a investir o que têm e por vezes o que lhes faz falta, para “fazerem” do seu menino um “Ronaldo”... Aqui, eu que fui um “razoável” jogador de futebol, mas, comecei a jogar no Almirante Reis e onde calhava, também na rua e essencialmente nas “trapalhanças” mais tarde, no Clube do meu coração (Marítimo), na época já era um bom nível, tenho uma má notícia, para os paizinhos: - ou há “jeito” (em linguagem mais fina, talento), ou então é melhor esquecer, pois não há escola no mundo que “dê” essa matéria...
Empresário, com mais ou menos aulas, do meu ponto de vista e pela experiência de algumas décadas, tendo “pago” bastante para aprender, estamos igualmente conversados...!
“Tive” o meu primeiro negócio aos 8/9 anos. Uma venda, sendo eu o vendeiro. Era mais uma parceria, isto porque a (investidora) era a minha avó Dolores, a mercadoria vinha da venda do Sr. Oliveira (seria o fornecedor), a clientela as minhas primas e meninos e meninas que eram vizinhos, de diferentes estratos sociais, o chamado público-alvo (targets), o poder de compra irrelevante, pois a moeda corrente eram “rodelas de banana”, fornecida pelo Sr. Gonçalves, “homem da fazenda” que seria, hoje (a banca). A minha parte da parceria, era paga com o trabalho que em termos reais, (significava, como era o que “se chamava uma criança desinquieta”, me manterem “ocupado” para não desatinar)...
Um dos principais factores para ter sucesso, como empresário, é ter a capacidade de encontrar “as pessoas certas”, pois convém nunca esquecer, que quem “faz” as empresas são as pessoas (a equipa) e que as empresas são “feitas” para as pessoas. Fundamental e determinante!
Na sequência do que escrevi atrás e como evidência, segundo as conclusões do Banco de Portugal, com origem na análise de 511.000 empresas criadas entre 1991 e 2009, a esperança média de vida, das empresas em Portugal, são 10 anos ...!
Terminaria e para aqueles que estejam dispostos a se “abalançar” à empreitada, e segundo uma reflexão de Augusto Cury, intitulada “O ESPECTÁCULO DA VIDA”, de que gosto particularmente, e que pus em prática, tantas vezes, ao longo da minha vida e cito:
Que você seja um grande empreendedor.
Quando empreender, não tenha medo de falhar.
Quando falhar, não tenha receio de chorar.
Quando chorar, repense a sua vida, mas não recue.
Dê sempre uma nova oportunidade a si mesmo
Foi assim e passados quase 40 anos que atingi, na empresa que fundei o papel da minha Avó, no meu primeiro negócio, o de “investidor”...! Em criança ou em adulto, o mais importante é saber ocupar o seu lugar!