CINM terá perdido centena de empresas no primeiro semestre de 2022
SDM desafia UMa a apostar mais em cursos tecnológicos para evitar recrutamentos fora da Madeira
O Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) terá perdido cerca de cem empresas no primeiro semestre deste ano, consequência da impossibilidade de novos registos face ao atraso na prorrogação pelo Governo da República.
A estimativa é do CEO da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM), Roy Garibaldi, referindo-se ao “meio ano perdido” com impossibilidade de novos registos no CINM. Resultado desse “sinal de impasse, de incerteza, o que é sempre mau na captação de investimento, perderam-se muitas empresas que foram parar a outros regimes concorrentes”.
Tendo em conta a média no primeiro semestre dos anos anteriores - cerca de cem empresas licenciadas - admitiu que o CINM tenha perdido cerca de cem empresas.
Com a recente reabertura de inscrições, em apenas uma semana o CINM “recebeu 10 novas empresas”, revelou o Garibaldi, à margem da visita do secretário de Estado de Economia, João Neves, à Zona Franca da Madeira, no Caniçal.
O CEO da SDM aproveitou para desafiar a Universidade da Madeira (UMa) a investir mais em cursos tecnológicos, face à crescente procura de mão de obra qualificada em áreas como a engenharia informática, telecomunicações, tecnologias de comunicação e de informação.
“Estamos a ter um incremento significativo por parte de empresas viradas para as novas tecnologias, e isso requer quadros qualificados. Por isso é necessário que a UMa, se tiver condições para tal, possa começar a formar mais pessoas nestas áreas, porque se não o fizer, obrigatoriamente as empresas terão de recrutar fora da Madeira”, avisa.