Patrícia Dantas alerta para a necessidade de garantir a qualidade do serviço no Aeroporto do Porto Santo
A falta de condições aos passageiros, o atraso das obras que estavam previstas arrancar no Aeroporto do Porto Santo – e cujo projecto ainda nem foi apresentado ao Governo Regional – e o Plano de Contingência foram algumas das situações às quais a deputada eleita pelo PSD/Madeira à Assembleia da República, Patrícia Dantas, aludiu, nesta quarta-feira, durante a audição ao presidente da Vinci, entidade gestora dos Aeroportos, apelando a um investimento claro e efectivo na qualidade do serviço, sendo este, precisamente, o tema da audição.
Audição que, curiosamente e conforme frisa, “nem sequer integrava, na apresentação feita aos deputados, quaisquer informações sobre o Aeroporto do Porto Santo”.
“Quando temos, numa região que sofre da dupla insularidade e que depende, fortemente, das ligações aéreas para a sua acessibilidade ao exterior, um aeroporto que tem vindo a garantir um crescente número de ligações mas, que, ao mesmo tempo, não tem lugares para sentar os passageiros, não tem qualquer serviço de restauração após o controlo de segurança e não oferece o mínimo apoio aos seus clientes, fica difícil falar de qualidade de serviço e ainda mais difícil compreender que as taxas cobradas nesta infraestrutura cheguem a representar cerca de 45% do valor do bilhete” afirmou, neste enquadramento, a deputada, manifestando, ainda, a sua preocupação pelo facto do projecto de intervenção estar atrasado, condicionando o arranque da obra em 2023.
Em resposta, o presidente da Vinci garantiu que o projecto seria apresentado em breve e que, pese embora os atrasos, as obras no terminal deverão avançar no início de 2023, numa intervenção em que teceu elogios à dinâmica dos dois Aeroportos da Região, afirmando que a Madeira lidera a retoma em Portugal e mesmo na Europa, ”com valores que já estão 25% acima dos registados em 2019”.
Patrícia Dantas que, nesta oportunidade, também pediu esclarecimentos sobre o ponto da situação do Plano de Contingência para os Aeroportos da Madeira e do Porto Santo. “Não raras vezes, o PS - Madeira, com intuitos meramente políticos e para confundir a opinião pública, opta por questionar o Governo Regional sobre o Plano de Contingência mesmo sabendo que essa é uma competência da Vinci enquanto Entidade Gestora e aquilo que precisamos de saber é qual a previsão neste momento e para quando é que a Região terá, nos seus Aeroportos, este Plano operacionalizado”, disse.
O caos instalado no Aeroporto de Lisboa foi, também e à margem desta audição, outra das questões abordadas pela deputada, que, a este propósito, fez questão de sublinhar “que não se pode falar de qualidade de serviço nos Aeroportos Nacionais quando se assiste às imagens dos últimos dias, altamente penalizadoras para a imagem de um País que apresenta uma franca procura turística neste momento e onde as suas portas de entrada se encontram neste estado, sem qualquer dignidade ou atenção aos passageiros”.