UE acredita que estará mais protegida com a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou hoje que a futura adesão da Finlândia e da Suécia à NATO vai tornar mais segura não só a Aliança Atlântica, mas também a própria União Europeia.
"Celebremos a assinatura dos protocolos de adesão à NATO da Finlândia e da Suécia por todos os aliados da NATO, o que lança o processo de ratificação", escreveu Charles Michel, numa mensagem na rede social Twitter.
Para o presidente do Conselho Europeu, "com a adesão da Finlândia e da Suécia, tanto a União Europeia como a NATO estarão mais seguras e protegidas".
Neste contexto, enviou "calorosas felicitações" à primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, e à primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin.
A Finlândia e a Suécia deram hoje um passo decisivo para se tornarem membros da NATO com a assinatura pelos 30 embaixadores dos países da Aliança dos respectivos protocolos de adesão, o que lhes irá permitir participar nas reuniões da organização enquanto as capitais ratificam o acesso.
"Este é um dia histórico. Para a Finlândia, a Suécia, a NATO. E para a segurança euro-atlântica", disse o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa após a assinatura dos protocolos, com os quais ambos os países nórdicos ficam oficialmente "convidados" a entrar na organização.
A Dinamarca já ratificou hoje o pedido da Suécia e Finlândia para aderirem à NATO, tornando-se no primeiro país entre os atuais 30 Estados-membros da aliança a adotar essa decisão.
Os processos de ratificação dos protocolos de adesão variam de um país para outro: enquanto os Estados Unidos precisam da aprovação de dois terços do Senado (câmara alta do Congresso), no Reino Unido não é necessária uma votação formal no parlamento.
Após este processo, as respetivas atas de aprovação deverão ser enviadas para o Departamento de Estado norte-americano, o depositário designado pelo tratado da aliança.
A Noruega, a Islândia e os países bálticos anunciaram a intenção de ratificar o alargamento nos próximos dias, e prevê-se que o parlamento alemão proceda à votação na sexta-feira, antes do início das férias de verão.
A Suécia e a Finlândia solicitaram o ingresso na NATO em 18 de maio, pondo termo à sua tradicional política de não alinhamento devido à guerra na Ucrânia, apesar de já manterem há décadas uma estreita cooperação com a organização militar ocidental.
Na semana passada e no decurso da cimeira de Madrid, os líderes da NATO concordaram em dar início ao processo de adesão após os países nórdicos terem alcançado um acordo de princípio com a Turquia, que tinha vetado o acesso.