Dinamarca torna-se no primeiro país a ratificar adesão da Suécia e Finlândia à NATO
A Dinamarca ratificou hoje o pedido da Suécia e Finlândia para aderirem à NATO, tornando-se no primeiro país entre os atuais 30 Estados-membros da aliança a adotar essa decisão.
O ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Jeppe Kofod, anunciou na sua conta na rede social Twitter que o processo foi concluído e manifestou a esperança de que os restantes aliados completem o processo com rapidez.
A diplomacia de Copenhaga também indicou que o país, juntamente com os restantes parceiros da aliança militar ocidental, assinou hoje oficialmente o protocolo de adesão de Estocolmo e de Helsínquia na sede da NATO em Bruxelas.
"Estou orgulhoso de que a Dinamarca tenha alcançado tão rapidamente o objetivo de dar as boas-vindas à Finlândia e Suécia na NATO", declarou Kofod, citado no comunicado.
O ministro precisou que este processo apenas foi possível devido à "grande flexibilidade", ao longo do processo, de todas as forças políticas com representação no parlamento dinamarquês.
"É um testemunho dos profundos laços de solidariedade entre a Dinamarca e os nossos amigos nórdicos", assinalou Kofod.
A Suécia e a Finlândia solicitaram o ingresso na NATO em 18 de maio, pondo termo à sua tradicional política de não alinhamento devido à guerra na Ucrânia, apesar de já manterem há décadas uma estreita cooperação com a organização militar ocidental.
Na semana passada e no decurso da cimeira de Madrid, os líderes da NATO concordaram em dar início ao processo de adesão após os países nórdicos terem alcançado um acordo de princípio com a Turquia, que tinha vetado o acesso.
A Suécia e Finlândia, que garantem provisoriamente o estatuto de países "convidados", apenas irão tornar-se membros de pleno direito após a ratificação dos protocolos de acesso pelos parlamentos dos 30 países que integram a Aliança Atlântica.
Os processos de ratificação dos protocolos de adesão variam de um país para outro: enquanto os Estados Unidos precisam da aprovação de dois terços do Senado (câmara alta do Congresso), no Reino Unido não é necessária uma votação formal no parlamento.
Após este processo, as respetivas atas de aprovação deverão ser enviadas para o Departamento de Estado norte-americano, o depositário designado pelo tratado da aliança.
A Noruega, a Islândia e os países bálticos anunciaram a intenção de ratificar o alargamento nos próximos dias, e prevê-se que o parlamento alemão proceda à votação na sexta-feira, antes do início das férias de verão.