Moscovo homenageia separatistas ucranianos com nome de zona na cidade
A Câmara Municipal de Moscovo anunciou hoje que vai homenagear os separatistas pró-Rússia, que estão a lutar com as forças russas contra Kiev, no leste da Ucrânia, com o nome de uma zona junto à Embaixada do Reino Unido.
A área, até agora sem nome e ao longo de um dos cais no centro da capital russa, não muito longe da rua Novy Arbat, vai receber o nome da autoproclamada "República Popular de Lugansk", disse o município, citado em comunicado.
A autarquia salientou que a escolha foi feita após uma votação 'online', na qual participaram mais de 100 mil pessoas.
Esta decisão ocorre um dia após o anúncio da Rússia, que lidera uma ofensiva na Ucrânia desde 24 de fevereiro, da aquisição de toda a região de Lugansk, no leste do território ucraniano.
No final de junho, a cidade Moscovo já havia mudado o endereço oficial da Embaixada dos Estados Unidos para homenagear os separatistas pró-russos da autoproclamada "República Popular de Donetsk", também localizada no leste da Ucrânia.
O nome foi dado a um cruzamento contíguo à Embaixada norte-americana. Os nomes das ruas ao redor da missão diplomática não mudaram.
O novo endereço oficial da Embaixada dos Estados Unidos também foi escolhido após uma votação 'online' organizada pelas autoridades da capital russa e na qual participaram cerca de 280 mil pessoas.
No caso da missão diplomática britânica, autarquia moscovita não especificou se o seu endereço seria alterado.
O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou hoje vitória na região leste ucraniana de Lugansk, um dia depois de as forças ucranianas se terem retirado do seu último baluarte de resistência nessa província.
Vladimir Putin fez da captura de toda a região de Donbass um objetivo fundamental na guerra na Ucrânia, que já vai no quinto mês.
Forças separatistas apoiadas por Moscovo no Donbass lutam contra as forças ucranianas desde 2014, quando declararam independência de Kiev, após a anexação russa da Crimeia ucraniana.
A Rússia reconheceu formalmente as autoproclamadas repúblicas, dias antes da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.