Primeira-ministra sueca promete apoio à Ucrânia e sanções à Rússia
A primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, pediu hoje um maior apoio europeu à Ucrânia e novas sanções contra a Rússia, cujo exército está a avançar no território do leste ucraniano.
"Não se deve permitir que a Rússia obtenha ganhos através da violação do direito internacional e de outros princípios fundamentais", disse a governante sueca durante uma conferência de imprensa com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em Kiev.
Magdalena Andersson defendeu que "a melhor forma de vencer esta guerra é dar apoio à Ucrânia e aumentar a pressão sobre a Rússia com novas sanções".
"Os nossos esforços devem continuar enquanto for necessário", vincou, acreditando que a Ucrânia está a defender os "nossos valores europeus comuns".
Depois de visitar cidades nos arredores de Kiev devastadas pelos combates nas primeiras semanas do conflito, a primeira-ministra sueca disse ter visto "ruas e praças onde casas de famílias foram substituídas por crateras" e onde "crimes horríveis foram cometidos".
"Condeno a agressão russa sem sentido e cruel, o assassinato de civis, incluindo muitas crianças", disse, prometendo participar na futura reconstrução da Ucrânia.
O presidente ucraniano, por seu lado, apelou mais uma vez a "fazer todos os possíveis para levar à justiça todos os criminosos de guerra russos".
Referindo-se à crise global provocada pelo bloqueio de cerca de 22 milhões de toneladas de grãos nos portos ucranianos devido à guerra, disse estar em conversas com a Turquia e a ONU para garantir uma saída segura desses bens.
"É importante que alguém possa garantir a segurança dos navios estrangeiros" que chegarão à Ucrânia para transportar a produção agrícola, acrescentou Zelensky, acusando a Rússia de roubar cereais ucranianos.
Apontou ainda esperar uma colheita de cerca de 60 milhões de toneladas de grãos no outono.