Explosão em base naval russa na Crimeia faz seis feridos
Um pequeno engenho explosivo, transportado por um drone, explodiu hoje na base naval russa do mar Negro, na península da Crimeia, ferindo seis pessoas e levando ao cancelamento das cerimónias da marinha da Rússia, noticia a AP.
A explosão ocorreu na cidade portuária de Sevastopol, na Crimeia, anexada pela Rússia à Ucrânia em 2014, e ocorre no dia das celebrações do Dia da Marinha russa, não existindo para já qualquer tipo de reivindicação do ataque.
Contudo, a pequena escala do ataque e o método improvisado levam as autoridades a acreditar que terão sido obra de rebeldes ucranianos, que tentam expulsar as forças russas.
Na sequência desta explosão, as autoridades da Crimeia elevaram o nível de ameaça de terrorismo para a região para "amarelo", o segundo nível mais alto.
No entanto, uma legisladora russa da Crimeia, Olga Kovitidi, disse à agência de notícias estatal russa RIA-Novosti que não se poderá retirar conclusões até que a investigação esteja concluída.
Entretanto, um dos homens mais ricos da Ucrânia, um comerciante de cereais, e a sua mulher foram mortos hoje durante um bombardeamento russo à cidade de Mykolaiv, no sul do país.
As autoridades ucranianas dizem que o ataque de mísseis russo "foi curiosamente direcionado à sua casa".
Também hoje o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, estabeleceu novas linhas vermelhas ao Ocidente nos mares Negro, Báltico e Ártico, ao aprovar uma nova doutrina naval que é influenciada pelas mudanças geopolíticas originadas pela guerra na Ucrânia.
A Rússia lançou em fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 5.100 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.