Antes que seja tarde
nhos e projectos de vida ou profissionais se apagam, fruto de comportamentos violentos, selvagens, primitivos de quem despreza o seu semelhante.
O crescimento da criminalidade associada à diversão noturna é uma realidade que nos deve preocupar seriamente pois tem um elevado potencial de multiplicação. Por arrasto, cresce também a sensação de insegurança cada vez que é reportado mais algum acontecimento. Os espaços de diversão noturna, creio eu, constituem uma importante parte da receita económica. É, por isso, fundamental que a segurança seja pedra basilar da vida da noite. É preciso intervir e implementar medidas de policiamento que seja eficaz e dissuasor de comportamentos inaceitáveis, nos locais e proximidades dos espaços da vida da noite.
A sociedade atravessa uma fase de violência intrínseca. As nossas vidas foram afectadas pela Covid, que nos remeteu para o confinamento e nos privou de todos os nossos contactos pessooais com os nossos amigos, colegas e familiares e os efeitos em termos de saúde mental, stress, irritabilidade foram aparecendo, fazendo prever que se transformariam, mais cedo ou mais tarde, numa espiral de depressões e outros males de foro mental e psicológico e violência. Toda a violência, qualquer que seja a sua forma, é destrutiva e venenosa. À mais insignificante contrariedade, isto é bem notório, reage-se violentamente. À nossa volta, os sinais de violência crescem como metástases; no trânsito, nas filas de supermercado, nos cafés, na rua, etc. etc. Este flagelo não tem cor, nem raça, nem credo, nem género, nem idade e , embora mais comum entre os mais jovens, estende-se transversalmente a toda a sociedade.
Estamos a poucos dias do mês de Agosto, o mês de excelência para gozo de férias de milhares de jovens no Porto Santo. Presumo e espero que as entidades competentes tenham envidado todos os esforços e implementado medidas adequadas no sentido de não voltarmos a assistir a situações deploráveis e condenáveis de anos anteriores, protagonizadas por jovens "descontrolados". Medidas avulsas amenizam mas não resolvem o problema. É preciso medidas drásticas. Porque "incêndios não se apagam com borrifadores".
Que Agosto fique na nossa "história" mas pelas melhores razões. Para quem vem e para quem está.
Madalena Castro