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Sobe para seis o número de mortes em derrocada de glaciar nos Alpes italianos

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Foto EPA

O número de mortes causadas por uma derrocada de parte de um glaciar nos Alpes italianos subiu para seis, havendo ainda oito feridos, disse hoje a porta-voz da equipa de socorro, Michela Canova, à agência AFP.

No início da noite, a porta-voz avançou que o número, inicialmente de cinco mortos, tinha subido para "seis vítimas confirmadas".

A responsável lamentou ainda a existência de oito feridos, sem dar detalhes sobre a nacionalidade das vítimas.

De acordo com a imprensa italiana, cidadãos estrangeiros estavam entre os grupos levados pela avalanche.

O chefe da proteção civil na província de Veneto, Gianpaolo Bottacin, também mencionou um desaparecido na sua conta no Facebook.

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, publicou uma mensagem no Twitter manifestando as suas "mais sinceras condolências" às vítimas e famílias.

Vários helicópteros foram mobilizados para participar nas operações de resgate e acompanhar a evolução da situação.

Um grande pedaço de glaciar alpino soltou-se hoje e deslizou por uma montanha, embatendo contra mais de uma dezena de caminhantes num trilho.

Informação anterior dava conta de que os feridos, um dos quais em estado crítico, foram transportados para hospitais nas regiões de Trentino-Alto Ádige e Veneto, segundo os serviços de resgate.

Outra publicação na rede social Twitter, da responsabilidade das autoridades de emergência no nordeste italiano, dava conta de que pelo menos 15 caminhantes estariam na zona atingida.

O pedaço que se soltou é o cume do glaciar. Marmolada tem uma altitude de 3.300 metros e é o cume mais alto da cordilheira das Dolomitas, nos Alpes italianos.

Os serviços de resgate alpinos escreveram no Twitter que o pedaço de glaciar soltou-se perto de Punta Rocca, "no caminho normalmente usado para chegar ao pico".

Não é claro o que causou a derrocada, mas a intensa onda de calor que atinge a Itália desde o final de junho pode ser um fator de explicação, disse à emissora italiana RAI Walter Milan, porta-voz dos serviços de resgate alpinos.

"O calor é fora do comum", disse Milan, notando que as temperaturas nos últimos dias no pico da montanha chegaram aos 10º C.

"É um calor extremo" para o pico, disse, acrescentando ser "claramente, algo anormal".