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"Montenegro é uma espécie de heterónimo político de Passos Coelho"

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O presidente do PS, Carlos César, acusou hoje o novo presidente do PSD, Luís Montenegro, de ser "uma espécie de heterónimo político de Passos Coelho", considerando que o futuro dos sociais-democratas "é o regresso ao passado".

"Luís Montenegro é por isso um líder por conta, um líder em representação, Luís Montenegro é uma espécie de heterónimo político de Passos Coelho", disse Carlos César, que liderou hoje a comitiva do PS que esteve no encerramento no 40.º Congresso do PSD, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto.

Para o socialista, "este congresso é sobretudo marcado por uma ideia", ou seja, "a de que futuro do PSD é o regresso ao passado".

"Luís Montenegro é um totalista da maioria de direita que retirou aos portugueses o subsídio de Natal, de férias, que fez diminuir os salários e é estranho que neste discurso de encerramento, Luís Montenegro fale da necessidade de apoiar os idosos ou as pensões, quando em 2015 foi o PSD de Luís Montenegro, era um dos rostos mais notórios, pretendia retirar 600 milhões de euros às pensões dos nossos reformados", acusou.

Carlos César criticou ainda a "obsessão doentia pelo PS e pela crítica ao Governo do PS" e considerou que no que ao "país interessa foi muito escassa a contribuição deste congresso e também do discurso do líder do partido hoje".

"O PSD referencia-se como um partido que vive numa espécie de submundo político de derrotismo e do catastrofismo ignorando aquilo que tem sido um esforço real na sociedade portuguesa de progresso e de solidariedade", apontou, considerando que o partido "vive um pouco desfocado da realidade".