Autoridades ucranianas relatam novos ataques em Kiev e intensos combates em Donetsk
As autoridades ucranianas disseram hoje que novos ataques russos ocorreram nos arredores de Kiev e que intensos combates continuam a acontecer na região de Donetsk, no leste do país.
O ataque com mísseis a um alvo militar perto da capital ucraniana causou pelo menos 15 feridos, afirmou o governador da região, Oleksiv Kuleba, na rede social Telegram.
Mais de 10 ataques com mísseis também foram registados na região de Chernihiv, a nordeste da capital, um dos quais causou danos a um prédio do Governo, segundo as autoridades regionais.
No leste do país, os intensos combates continuam, com saldo de oito civis mortos em Donetsk na quinta-feira, de acordo com os dados divulgados hoje pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Em Lugansk, também na região do Donbass, as forças ucranianas conseguiram repelir até seis ataques de tropas russas, segundo a Ukrinform.
As tropas ucranianas estão a tentar recuperar cidades no sul do país e numa destas localidades, Kropivnitski, morreram cinco pessoas e outras 40 ficaram feridas na quinta-feira, segundo o mais recente balanço da autoridade militar regional.
Em Kherson, cidade estratégica no sul do país, o Exército ucraniano lançou seis ataques contra posições inimigas ao longo da noite de quinta-feira, como parte da sua estratégia de lançar uma grande ofensiva e cortar as rotas de abastecimento das tropas russas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 5.100 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,9 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A organização internacional tem observado o regresso de pessoas ao território ucraniano, mas adverte que estão previstas novas vagas de deslocação devido à insegurança e à falta de abastecimento de gás e água nas áreas afetadas por confrontos.
Também segundo as Nações Unidas, mais de 15,7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.