Macron ligou a António Costa para lhe pedir que França e Portugal apoiem a Guiné-Bissau
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje que o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron telefonou ao primeiro-ministro português, António Costa, durante um encontro que ambos mantinham à sós, a solicitar-lhe que apoiem a Guiné-Bissau "nos esforços de desenvolvimento".
Em declarações à Televisão da Guiné-Bissau e à Lusa em crioulo, feitas no aeroporto de Bissau, momentos após a descolagem do avião que transportava Macron de regresso a França após uma visita de poucas horas à Guiné-Bissau, Embaló assinalou que a primeira visita de um chefe de Estado francês ao país "foi um sucesso total".
"O Presidente Macron ligou, à minha frente, ao primeiro-ministro português, António Costa, a pedir-lhe que Portugal e a França apoiem a Guiné-Bissau. Isso é extremamente importante", disse o Presidente guineense.
Umaro Sissoco Embaló afirmou ainda que transmitiu a Emmanuel Macron a vontade da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) em realizar, no próximo mês, num país africano a determinar, uma cimeira em que serão convidados Portugal e a França, para debater a questão do terrorismo.
O Presidente guineense frisou que a visita de Macron, "a primeira de um chefe de Estado de um país que é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas" representa "o relançamento da Guiné-Bissau".
Umaro Sissoco Embaló destacou também a visita, em maio de 2021, do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Para mim isto é um marco. É como a visita do Presidente português, agora veio Macron. No dia em que o Presidente americano vier a esta sub-região tenho a certeza que virá à Guiné-Bissau", sublinhou Embaló.
O Presidente francês chegou na quarta-feira à noite a Bissau para uma visita de algumas horas, deixando hoje a capital guineense, após um périplo que o levou ainda ao Benim e aos Camarões.
No final do encontro com o seu homólogo da Guiné-Bissau, Emmanuel Macron anunciou que a França vai apoiar a formação de militares guineenses e desembolsar três milhões de euros para a estabilização do país.