MAI salienta que Relatório Anual de Segurança Interna tem contributos da PJ, PSP e GNR
O ministro da Administração Interna defendeu hoje que o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) é elaborado com os contributos da Polícia Judiciária, PSP e GNR, e que a sua apresentação é acompanhada pela Assembleia da República.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião de hoje do Conselho de Ministros, José Luís Carneiro apontou que "a primeira entidade responsável pela elaboração e apresentação do RASI" é o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna e salientou que "contribuem para este relatório entidades como a Polícia Judiciária, a Polícia de Segurança Pública, a Guarda Nacional Republicana e outras entidades, como os serviços prisionais".
O ministro da Administração Interna defendeu que há "um conjunto de cerca de uma dezena e meia de entidades que estão no Conselho Superior de Segurança Interna e que apreciam os termos do relatório e que para ele dão também os seus contributos".
"Estão representantes dos partidos que são eleitos no parlamento para acompanharem a apresentação desse relatório, está a senhora secretária-geral do Sistema de Informações da República, está o senhor diretor do Serviços de Informações", especificou, considerando que a "a forma como é elaborado o relatório e as entidades que são corresponsáveis por este relatório responde às questões que têm sido colocadas no espaço público".
José Luís Carneiro assinalou igualmente que "nos últimos 15 anos Portugal tem conseguido reduzir os seus índices de criminalidade participada" e apontou que "estes indicadores são indicadores que apanham até diferentes Governos".
O ministro ressalvou ainda que "2020 e 2021 são anos atípicos" e que, por isso, o Governo tem procurado "sublinhar a importância de compararmos os dados de 2022, do primeiro semestre de 2022, com os dados de 2019".
O governante tinha sido questionado pelos jornalistas sobre as críticas do líder do Chega aos dados apresentados no RASI, dos quais disse desconfiar.
André Ventura anunciou que o partido vai propor no parlamento a constituição de uma comissão de inquérito que apure se o Governo "tem tido interferência" nos dados que são divulgados.
"Vamos pedir ao parlamento que faça uma investigação e, portanto, lançaremos uma comissão de inquérito sobre os RASI que têm vindo a ser publicados, porque esta ideia que todos os anos é publicada de que a criminalidade diminui não é consistente com as notícias que todos os dias nos chegam a casa", anunciou o presidente do Chega na quarta-feira.