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Via rápida até à Calheta

De cada vez que vou à Calheta fico pensando que a extraordinária infraestrutura rodoviária que nos leva até à Ribeira Brava está inacabada. Deveria chegar mais longe, servindo os outros dois concelhos a oeste.

Vendo bem, metade da obra já está feita. A denominada via expresso. Falta a outra metade. Pelo que, na verdade, estaremos a falar não de uma via rápida, mas de mais uma via expresso. Que a juntar à já existente resultaria na desejada, com quatro faixas.

A União Europeia, desde há uns anos, deixou de comparticipar obras como estradas. No limite temporal ainda conseguimos fazer aprovar a que vai até o Estreito de Câmara de Lobos. Para conseguirmos os mais de 40 milhões necessários, apresentamos em Bruxelas o argumento de que se tratava de construção que tinha ficado por concluir. E, por isso, iam desperdiçar-se os fundos europeus já ali investidos. Excepcionalmente resultou.

Tenho consciência que o prolongamento da via rápida para oeste, através do acrescento do equivalente a uma nova via expresso, terá custos elevados. Mesmo que concretizada por fases como parece ser mais sensato. Mas não há missões impossíveis. Com inteligência e sagacidade será realizável levar avante o ambicioso objectivo. Que não deixará de garantir o registo de nomes na História.

Tal desenlace conduziria aqueles concelhos e, particularmente, o da Calheta, a um grande salto em termos de desenvolvimento, mormente no sector do turismo, com tudo o que isso significaria para as suas populações e para a Madeira.

O sonho alimenta a vida. E já sonhamos antes com muito sucesso.