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Maior independência

As dependências colocam-se em grande escala por todo o mundo e agravam-se fruto das imprevisibilidades. Como uma guerra. Imagine-se o que não têm de fazer regiões insulares, ultraperiféricas, para terem cada vez maior independência em muitos dos seus sectores. O da energia é determinante já que influencia os outros, repercutindo neles custos que podem tornar-se, no curto prazo, insuportáveis. Quanto menos dependentes estivermos do exterior melhor.

Para prosseguir esse objetivo é pretendido, já em 2030, que a energia elétrica seja produzida em 60% através de fontes renováveis. Isto é, sem recurso aos combustíveis fósseis importados.

Em 2021, a taxa de penetração de eletricidade renovável na Região foi de 32,6%, sendo que, com a conclusão da Ampliação do Aproveitamento Hidroelétrico da Calheta e com o reforço da componente eólica que lhe está associada, são 25 MW, 18 dos quais já instalados, estando os restantes 7 em fase de concurso, preveem-se alcançar os 40%.

Reforce-se a importância desta extraordinária infraestrutura e de uma das suas valências, a lagoa com 1 milhão de m3 de água que, para além da sua função principal, serve como reserva, seja para alturas de seca e auxílio à agricultura ou na ajuda aos eventuais combates a incêndios.

Com o investimento na central de baterias, neste momento em fase de construção, ficam criadas as condições para integrar cerca de 50 MW de potência fotovoltaica/eólica adicional e, assim, subsequentemente, atingir a meta de 50% de eletricidade de origem renovável.

Quanto maior for a nossa independência energética mais seguros ficamos. E todo o investimento feito neste sector é de primordial importância. Para todos.