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'Pranto de Maria Parda' encerra temporada artística no 'Baltazar Dias'

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Foto Filipe Ferreira

O último espectáculo da temporada artística 'Pranto de Maria Parda', aconteceu sexta-feira, 22 de Julho, às 18 horas, no Teatro Municipal Baltazar Dias.

A peça, escrita por Miguel Fragata e interpretada por Cirila Bossuet, em produção com o Teatro Nacional D. Maria II e o apoio da Câmara Municipal do Funchal, partiu do homónimo de Gil Vicente, escrito com base no ano de 1521 comparando com o ano de 2021.

O espectáculo pretendeu estimular a reflexão junto do público madeirense, relativamente ao racismo e ao feminismo, reestruturando a peça de Gil Vicente para a realidade da cidade de Lisboa, 500 anos depois, no ano pandémico.

"Maria Parda é a personificação de todos os males, de todos os vícios. É como se ela em si fosse o ano mau, que é preciso terminar para entrarmos num novo ciclo", disse Miguel Fragata.

Sobre Miguel Fragata

Miguel Fragata nasceu no Porto, em 1983, é licenciado em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema e tem um bacharelato em Teatro na Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo.

Para além disso, Miguel trabalhou como intérprete em espectáculos de Agnès Desfosses, Bruno Bravo, Catarina Requeijo, Cristina Carvalhal, Gabriel Villela, Giacomo Scalisi, Pompeu José, José Rui Martins, José Carretas, Jacinto Lucas Pires, Vera Alvelos, Madalena Victorino, Rafaela Santos e Jorge Andrade. E foi assistente de encenação de Bruno Bravo, Cláudio Hochmann, Diogo Dória e Madalena Victorino.

Ademais, Miguel Fragata concebeu e encenou diversos espetáculos, como: Fake (2020, coprodução Teatro Nacional D. Maria II, TNSJ e Cine-Teatro Louletano); Montanha-Russa (2018, coprodução Teatro Nacional D. Maria II, TNSJ, Teatro Virgínia); Do Bosque Para o Mundo (2016, coprodução São Luiz Teatro Municipal), cuja versão francesa Au-Delà de la Forêt, le Monde, foi coproduzida pelo Théâtre de la Ville de Paris e abriu o 72.º Festival de Avignon (2018), e A Caminhada dos Elefantes (2013, financiado pela DGArtes, com coprodução Teatro Maria Matos, Teatro Viriato, Centro Cultural Vila Flor e Artemrede), interpretando igualmente as suas versões francesa (2016, La Marche des Éléphants) e alemã (2020, Die Wanderung der Elefanten).