Madeira

"É muito importante estar fora do parlamento"

Luís Montenegro já aterrou na Madeira e leva à Herdade do Chão da Lagoa uma mensagem de esperança e confiança aos militantes do PSD

Foto Hélder Santos/ASPRESS
Foto Hélder Santos/ASPRESS

Luís Montenegro aterrou às 15h43 em Santa Cruz e trouxe na bagagem "expectativas muito boas" para a grande festa do PSD na Herdade do Chão da Lagoa. O líder nacional dos social-democratas, que tinha à sua espera o secretário-geral do PSD-Madeira, aproveitou para destacar a "vantagem" em não ter assento parlamentar em São Bento.

A agenda desta semana prova que é “muito importante estar fora do parlamento em contacto com o país”. Montenegro justifica a afirmação com o facto de ter passado pelos Açores, Braga, Cascais e agora Madeira - não esquecendo a presença na Assembleia da República e, à margem, transmitindo a sua posição enquanto assistia ao debate do Estado da Nação.

“E só não falei dentro da sala, porque de resto foi quase como se estivesse lá dentro, portanto, a vantagem que há em não ter a obrigação de estar todas as semanas no parlamento é poder estar, como tenho estado, próximo das pessoas e do país. Não sendo impossível, estarei sempre no Parlamento nos momentos-chave e é isso que eu farei e continuarei a fazer no futuro”, acrescentou.

O presidente dos PPD/PSD esconde o discurso, porém a mensagem será “de grande esperança e de confiança no trabalho” que tem sido desenvolvido na Madeira e “na ajuda que a partir daqui se pode dar ao projecto de reerguer o PSD em todo o Portugal e construir uma alternativa política” para governar “não só a Região, não só os Açores, mas também o Governo da República”.

PSD confirma Luís Montenegro na Festa do Chão da Lagoa

"O Presidente do PSD, Luís Montenegro, participa no próximo dia 24 de julho, domingo, a partir das 10h30, na Festa do Chão da Lagoa do PSD/Madeira", informa uma curta nota de imprensa.

Sobre a festa propriamente dita, Montenegro fala num “reencontro de todos os militantes da Madeira, uma vez que nos últimos anos não se realizou por força da situação de pandemia”, destacando a oportunidade que lhe é conferida de falar em palco “depois de cá ter estado em 2017”.

Ainda perante o recente diálogo entre a Miguel Albuquerque e António Costa, devidamente enaltecido pelo presidente do Governo Regional, e a última reunião “agradável e produtiva” entre Luís Montenegro e o primeiro-ministro, o social-democrata foi questionado se agora PSD e PS são bons amigos.

O que é preciso que todos sejamos amigos do povo português e amigos do povo madeirense neste caso em particular, porque o que importa a todos é que os governos sejam os regionais, ou da República, façam o seu trabalho em prol das populações. Há uma coisa que posso dizer: nós estamos com uma grande afirmação um pouco por todo o país e estamos também com uma grande ligação com o PSD-Madeira. Luís Montenegro

Coligação entre PSD e CDS "é virtuosa e, precisamente por isso, irrita a oposição"

O arranque das Jornadas Parlamentares PSD/CDS, no auditório da Junta de Freguesia de São Martinho, no Funchal, ficou marcado pela intervenção de Jorge Carvalho, secretário regional com a tutela dos Assuntos Parlamentares e pela intervenção do Presidente do CDS Madeira, Rui Barreto.

Quanto à já mais do que confirmada coligação entre PSD e CDS tendo em vista as próximas eleições Regionais de 2023, o líder do PSD vinca que não irá intrometer-se "naquilo que são decisões que cabem aos órgãos regionais, porque também isso significa respeitar a autonomia".

Em qualquer caso aquilo que pode dizer "é que esta maioria que governa a Madeira tem sabido conjugar a vida individual de cada um dos partidos que compõem esta coligação com o objectivo de trazer mais desenvolvimento e mais bem-estar aos madeirenses".

"Assim sendo, creio que se compreende muito bem que não se desfaça esta conjugação de esforços, mas isso são as estratégias que os órgãos regionais do PSD e do CDS irão implementar. Quanto a nós, no panorama nacional a seu tempo olharemos para esse assunto. Eu sei que não parece, mas esta legislatura só começou há três meses. Sei que parece que estamos muito mais à frente no mandato, mas ainda temos quatro anos de mandato e a questão a esse nível é extemporânea", concluiu.