EUA enviam novo pacote militar avaliado em 264 milhões de euros para a Ucrânia
Os Estados Unidos anunciaram ontem um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia avaliado em 270 milhões de dólares (264 milhões de euros), que inclui armas com maior precisão.
O coordenador de comunicações do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, precisou em conferência de imprensa telefónica que o novo envio inclui quatro sistemas de lança-foguetes HIMARS e munições para este armamento de longo alcance.
O pacote também inclui sistemas anti-blindagem, 36.000 munições de artilharia e 580 drones táticos Phoenix Ghost.
Até ao momento, os EUA disponibilizaram 12 HIMARS à Ucrânia, que passam a 16 com a ajuda hoje anunciada.
Na quarta-feira, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou que os aliados de Kiev não estavam apenas a fornecer ajuda para o curto prazo, mas também a apoiar a Ucrânia numa guerra prevista para um longo prazo.
Kirby precisou hoje que mantêm contacto permanente com oficiais ucranianos para saberem quais as necessidades e serem o mais reativos quanto possível.
"É um processo contínuo", sublinhou, para também assegurar que os pacotes de ajuda militar norte-americanos se adaptam às necessidades no terreno.
Com o anúncio desta nova remessa, o apoio militar dos Estados Unidos à Ucrânia desde o início da invasão russa ascende a 8,2 mil milhões de dólares (cerca de oito mil milhões de euros).
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 5.100 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,9 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A organização internacional tem observado o regresso de pessoas ao território ucraniano, mas adverte que estão previstas novas vagas de deslocação devido à insegurança e à falta de abastecimento de gás e água nas áreas afetadas por confrontos.
Também segundo as Nações Unidas, mais de 15,7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.