Combater a erosão demográfica implica trabalho continuado, persistente e coordenado
Representante da República encerra intervenções (5) na sessão solene do Dia do Concelho do Porto Moniz
Apesar da “total confiança no futuro do Porto Moniz”, para o Representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, a questão mais preocupante é “a grande incerteza, a sombra que paira sobre o futuro deste e de outros concelhos da nossa terra, é a regressão demográfica, o envelhecimento da população, a fuga dos jovens para outras paragens”.
Admitiu que “importantes passos têm sido dados pelas entidades públicas”, nomeadamente pelo Município, e evidenciou “o investimento público muito significativo que o Governo Regional tem consagrado” ao concelho.
Considerou também como “da maior importância a aprovação pela Assembleia Legislativa” a “alteração orçamental proposta do Governo Regional que inclui a redução em 30% do IRC,
“medida que poderá constituir um importante estímulo ao investimento privado no Porto Moniz, como noutros concelhos com idênticos problemas.
Ainda assim, manifesta preocupação com a erosão demográfica e lembra que “tudo será inútil sem duas condições”, a começar pelo “trabalho continuado e persistente, que nunca se deverá limitar aos ciclos eleitorais e às modas políticas de ocasião”, e sem esquecer que este “deverá ser sempre um esforço coordenado”, advertiu.
Antes, e ainda sobre a regressão demográfica, Ireneu Barreto lembrou que “só se compreende o desenvolvimento com as pessoas e para as pessoas”, que no caso do Porto Moniz é “imenso paradoxo”, neste que é “um concelho que tem cada vez melhores condições de vida e que é procurado por número crescente de visitantes não consiga atrair e fixar novas famílias”.