'Mentirómetro' da CDU diz que 'renovação' do quartel dos Bombeiros Sapadores do Funchal "foi uma fraude"
A CDU realizou esta manhã uma iniciativa junto ao quartel dos Bombeiros Sapadores onde foi colocado um 'Mentirómetro', no seguimento da campanha desenvolvida, onde são denunciadas as mentiras dos executivos da autarquia funchalense.
A CDU, através da Deputada municipal, Herlanda Amado, lançou críticas aos executivos que "têm usado as reivindicações das mulheres e homens que integram a Corporação dos Bombeiros Sapadores, como 'joguete' político, prometendo a resolução daqueles que são os problemas apresentados, mas passado o 'calor' das campanhas eleitorais, terminam as visitas e inicia-se um período de 'surdez crónica' por parte de quem assumido a Presidência da Câmara do Funchal", acusa.
"Esta critica é extensível às maiorias do PS que estiveram ao longo de 8 anos na Câmara e também ao PSD, visto que muitas das reivindicações apresentadas não foram resolvidas por nenhum dos Presidentes que assumiram funções na autarquia funchalense. Desde Paulo Cafofo, passando por Miguel Gouveia (PS), mas sem nunca esquecer quem os antecedeu, Miguel Albuquerque (PSD), e actualmente Pedro Calado (PSD-CDS)", afiança.
A deputada municipal da CDU considerou "uma fraude a prometida 'obra geral' no quartel dos Bombeiros. Foi prometido um grande investimento nos bombeiros e não fizeram; foi anunciado que seria uma prioridade imediata criar outras condições de trabalho para os bombeiros, o que não aconteceu; foi prometido renovar todo o quartel, e tudo se ficou por algumas obras em algumas camaratas, não garantindo condições dignas às mulheres e aos homens que integram a corporação", frisa Herlanda Amado.
"Para além do espaço físico para que sejam exercidas em segurança todas as tarefas que têm que ser desempenhadas pelos Bombeiros, não existe a valorização salarial e cumprimento dos direitos laborais destes trabalhadores, visto que com a criação dos 'Bombeiros Sapadores' e com a contratação de novos bombeiros, foi-lhes criada a expectativa da equiparação salarial pelas tarefas desempenhadas, mas não só não recebem na totalidade como Sapadores, mas muitos dos novos bombeiros estiveram como recrutas apesar de desempenharem todas as missões como bombeiros efectivos que são, sendo penalizados no plano de carreira e remuneratório", acrescenta.
Em seu entender, "o Funchal precisa de valorizar os bombeiros e os seus direitos, precisa de garantir dignas condições de acomodação e de trabalho, assim como o reforço de meios de combate, a nível de equipamentos e veículos".
No final da iniciativa Herlanda Amado, disse que "como é afirmado no documento, 'Levamos os Bombeiros a sério!' distribuído nesta acção de contactos, foram chumbadas propostas apresentadas pela CDU no Orçamento de Estado, que se aprovadas, garantiriam condições de segurança e reconhecimento pleno de direitos laborais e salariais, que foram chumbadas por PS e PSD. Entre as propostas chumbadas, o reforço de 70 milhões de euros para obras de manutenção e requalificação de quarteis; a revisão do protocolo entre a AHBV, o INEM e a ANEPC de modo a serem cobertos na totalidade os valores referentes aos custos efectivos dos serviços prestados e do valor dos equipamentos de protecção individual e de higienização de materiais e veículos ou ainda garantir o direito à Prestação Social para a inclusão às pessoas com incapacidade ou deficiência que resulte de acidentes no decorrer de missões de protecção e socorro, independentemente da idade ou do grau de incapacidade", enumera.
Por fim, garante: "Nós defendemos os direitos dos trabalhadores durante todo o ano, depois existem outros que dizem defendê-los e até atribuem louvores e medalhas, justas sem qualquer dúvida, mas quando chegado o momento de garantir a valorização e dignificação de carreiras, garantir direitos laborais e melhores condições de trabalho, chumbam justas propostas que vão ao encontro das reivindicações de milhares de mulheres e homens, que integram as várias Corporações de Bombeiros por todo o País."
A CDU garante que continuará a apresentar propostas em todos os planos de intervenção institucional, Assembleia da República, Assembleia Regional e Câmara Municipal, "até que estes corajosos e valorosos profissionais vejam reconhecidos os seus direitos", afiançam.