Cadeias globais de fornecimentos têm de melhorar segurança e sustentabilidade
Mais segurança e sustentabilidade são duas necessidades que têm de ser cobertas nas cadeias globais de fornecimentos, dadas as crises internacionais existentes, apontaram na quarta-feira dirigentes de 18 economias relevantes.
A conclusão consta de um comunicado assinado por Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, EUA, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Países Baixos, Reino Unido, República Democrática do Congo, Singapura e União Europeia.
Esta posição resultou do Fórum de Ministros sobre a Cadeia Global de Fornecimentos, com os participantes a apontarem que a pandemia, a guerra e o desastre climático realçaram "a necessidade urgente de fortalecer ainda mais as cadeias de fornecimentos".
O objetivo do Fórum foi procurar evitar interrupções e estrangulamentos na logística e na cadeia de fornecimento, tanto a curto, como a longo prazo.
Para tal, apontaram-se quatro pontos a reforçar, a saber, segurança, sustentabilidade, transparência e diversificação.
No primeiro, acordou-se a promoção da informação e as consultas ao setor privado, à sociedade civil e aos diferentes níveis dos governos para criar focos comuns e sistemas de alerta.
Na sustentabilidade, as partes acordaram incentivar um comportamento empresarial responsável em todas as cadeias de fornecimento, segundo os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris, em particular, ou na Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla em Inglês).
Aqui se incluem também o combate ao uso do trabalho escravo nas cadeias de fornecimento globais e o fomento do uso de materiais reciclados.
Sobre a diversificação, decidiu-se fomentar o investimento público e privado em setores prioritários e promover a participação das pequenas e médias empresas nas cadeias logísticas prioritárias, que se devem adaptar às tecnologias digitais.
Na promoção da segurança, as partes comprometeram-se a trabalhar na abordagem das "vulnerabilidades mútuas" e compreender e gerir melhor os riscos para as cadeias de fornecimentos, além de apontarem à eliminação da corrupção.