Moçambique aumenta preço de combustíveis, com gás doméstico a registar maior subida
A Autoridade Reguladora de Energia (Arene) de Moçambique anunciou ontem a terceira subida de preço dos combustíveis deste ano, com o gás de cozinha a subir quase 20%.
Os novos preços passam a vigorar a partir de sábado.
A gasolina sobe de 83,30 meticais (1,24 euros) por litro para 86,97 meticais (1,30 euros) e o gasóleo passa de 78,97 meticais (1,18 euros) para 87,97 meticais (1,32 euros) por litro, segundo a nova tabela apresentada em conferência de imprensa pelo presidente da Arene, Paulo da Graça.
O gás de cozinha registou a maior subida, passando de 85,53 (1,27 euros) para 102,2 meticais (1,53 euros) por quilo, mais 19,5%.
Esta subida acontece numa altura em que o Estado e várias organizações têm apostado na divulgação das botijas de gás como alternativa ao carvão, que ainda é a principal fonte de energia para os moçambicanos cozinharem, agravando a desflorestação do país.
Ainda na tabela de aumentos de hoje, o gás veicular aumenta de 40,57 (60 cêntimos de euro) para 43,73 meticais (66 cêntimos de euro) e o petróleo de iluminação sobe de 71,48 meticais (1 euro) para 75,58 meticais (1,12 euros) por litro.
De acordo o presidente da Arene, Paulo da Graça, os preços anunciados só não são mais altos porque o Governo e revendedores estão a abdicar de parte da tributação e margens.
"Parte significativa destas medidas estão a representar um sacrifício da parte do Governo e dos operadores, com o objetivo de manter o preço dos combustíveis suportável", referiu.
Trata-se do terceiro reajuste de combustíveis registado em Moçambique este ano e as autoridades têm apontado a alta do custo do crude no mercado internacional como razão do aumento, que está ligado à guerra na Ucrânia.
Os produtos petrolíferos à venda em Moçambique são importados por via marítima em cargueiros especiais, através de um processo centralizado por lei numa única entidade pública, a Imopetro, detida pelas distribuidoras de produtos petrolíferos que operam no país.
