A Guerra Mundo

Ministro francês alerta que guerra não deve ofuscar segurança em África

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O ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, alertou hoje que o conflito na Ucrânia "não deve fazer esquecer a segurança em África", apesar de dizer "respeito a todo o Ocidente", durante uma visita à Costa do Marfim.

"Temos uma forma de miopia na Europa e em França, onde a guerra na Ucrânia está a mobilizar todas as energias e é bastante natural, é um conflito que diz respeito a todo o Ocidente", disse antes de se encontrar com o Presidente costa-marfinense, Alassane Ouattara.

O governante tinha falado anteriormente com o seu homólogo costa-marfinense, Téné Birahima Ouattara, para discutir "a situação de segurança em África, particularmente na faixa sahelo-sariana".

"A luta contra o terrorismo, que as forças francesas realizaram com algumas forças no Mali e em toda a região, é obviamente fundamental e forneceu respostas importantes", mas agora estamos a entrar numa "nova agenda" que "vamos construir em conjunto com os principais amigos e aliados" da África Ocidental, sublinhou.

A França e os seus parceiros vão empenhar-se numa "reflexão sobre a inteligência, sobre a interoperabilidade das nossas Forças Armadas, sobre o papel das forças francesas quando estão preposicionadas num país como a Costa do Marfim, que é um pouco o modelo, basicamente, do que queremos desenvolver amanhã", disse, prometendo novidades no outono ou no final do ano.

Numa altura em que os militares franceses da operação antijihadista Barkhane estão prestes a retirar do Mali, expulsos por uma junta inimiga, o Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na quarta-feira a sua intenção de repensar a oferta estratégica proposta aos países africanos, em benefício de medidas mais discretas de apoio militar dos exércitos locais.

Paris tem atualmente 850 soldados nas Forças Francesas na Costa do Marfim (FFCI).