Desporto

Mamona sofreu mas quer "saltar muito" na final

None

A portuguesa Patrícia Mamona assegurou hoje, com sofrimento, a passagem à final do triplo salto dos Mundiais de atletismo, em Eugene, nos Estados Unidos, mas já pensa em "saltar muito", na segunda-feira.

"Nas condições em que estava no aquecimento, pensei que ia ser pior. Ter conseguido passar para a final, deu-me mais força, porque, se, assim, consigo saltar e chegar à final, é mais um exemplo que consigo superar o que me apareça à frente", afirmou a vice-campeã olímpica.

Patrícia Mamona assegurou a presença na final da 18.ª edição dos campeonatos do mundo com o 10.º lugar na qualificação, com os 14,32 alcançados no terceiro salto, depois de 14,05, a abrir, e de um nulo.

"O segundo salto foi uma reviravolta mental. Não me estava a sentir muito bem e fui eu a tentar lutar contra mim e dizer que era capaz. Embora tendo sido nulo, foi um bom salto, e fiquei a saber que só tinha de acertar na tábua e conseguir a marca de qualificação. Não consegui, mas passei à final e isso é que interessa", sublinhou a atleta do Sporting, procurando desvalorizar as dores nas costas que sentiu durante a competição.

A medalha de prata em Tóquio2020 e recordista nacional, com 15,01 metros, vai voltar a defrontar, na final, na segunda-feira, a partir das 18:20 locais (02:20 de terça-feira em Lisboa), a venezuelana Yulimar Rojas, que hoje alcançou a melhor marca na qualificação (14,72), no primeiro salto.

Além da campeã olímpica e recordista mundial, só superaram os 14,40 metros da qualificação direta a ucraniana Marina Bekh-Romanchuk (14,54), a dominicana Ana Lúcia José Tima (14,52), a finlandesa Kristina Makela (14,48) e a jamaicana Shanieka Ricketts (14,45), tendo a 12.ª e última vaga sido ocupada pela jamaicana Kimberly Williams (14,27).

"Sinceramente, sabia que podia ser uma qualificação especialmente difícil para mim, depois de todo o trajeto que fiz até chegar aqui, que não foi fácil", realçou Mamona, que chegou a Eugene2022 na terceira posição do 'ranking' mundial, mas apenas com a 14.ª marca do ano (14,42 metros), alcançada em março, nos Mundiais em pista coberta, nos quais ficou no sexto lugar.

Tendo o sexto lugar em Doha2019 como melhor resultado nas quatro anteriores presenças em Mundiais, a atleta do Sporting concentra-se em segunda-feira: "Agora que passei, tenho de esquecer todo o que aconteceu no passado e focar-me na final, que é mais uma oportunidade para deixar tudo lá, para saltar muito".

"[Dias como os de hoje] Fazem parte, tenho muita experiência e, agora, é descansar, recuperar ao máximo, e pensar que na segunda-feira vai ser melhor, é nisso que estou a pensar", concluiu.