Desporto

Mamona quer fazer melhor em Mundiais de atletismo sem o peso da 'prata'

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A portuguesa Patrícia Mamona assumiu a ambição de superar a sua melhor classificação em Mundiais de atletismo, nos campeonatos que hoje arrancam em Eugene, nos Estados Unidos, sem o peso da medalha de prata olímpica.

"Não tenho essa pressão comigo, ser vice-campeã numa prova não implica que deva ser vice na outra. Cada prova é diferente e eu estou aqui nestes campeonatos do mundo imbuída no espírito competitivo, com a motivação de fazer mais e melhor. A minha melhor classificação em Mundiais foi em 2019, com um sexto lugar e fazer melhor é sempre a minha ambição", afirmou Patrícia Mamona.

A vice-campeã olímpica no triplo salto, atrás da venezuelana Yulimar Rojas, chega na terceira posição do 'ranking' mundial, mas apenas com a 14.ª marca do ano (14,42 metros), em março, nos Mundiais em pista coberta, nos quais ficou no sexto lugar.

No sábado, a atleta de 33 anos vai estrear-se na qualificação, a partir das 10:30 locais (18:30 em Lisboa), procurando superar os 14,40 para o apuramento direto para a final, marcada para segunda-feira, às 18:20 (02:20).

"A competição este ano será muito forte, há muitas competidoras que já conseguiram grandes resultados e, por isso, a qualificação será o mais importante e também o mais difícil. Não é uma marca de qualificação difícil, por isso dá esperança a muitas atletas. Só temos três saltos e eu espero entrar logo com essa marca para poder depois estar a focar-me apenas na final", explicou.

Mamona admite que o recorde nacional que estabeleceu em Tóquio2020, com os 15,01, são "um marco", advertindo para a forte concorrência, que "isso torna tudo mais difícil e ao mesmo tempo mais competitivo e motivador".

Outro das motivações decorre do 'palco' dos Mundiais, onde, em 10 de junho de 2010, superou outra 'barreira'.

Já aqui estive e foi aqui que pela primeira vez passei os 14 metros. Esta é uma cidade que respira atletismo, daí o cognome de 'track town' [cidade do atletismo]. É todo um ambiente magnífico, em que o ambiente universitário e o resto da população percebem e conhecem a modalidade. Incentiva imenso os atletas. Estive no estádio antigo, este foi todo renovado, mas ainda puxa mais por nós. Dá vontade de ali competir e fazer o nosso melhor", rematou.

Além de Mamona, no segundo dia de Eugene2022, vão estrear-se nas eliminatórias Lorene Bazolo dos 100 metros, e Isaac Nader, dos 1.500 metros.

O primeiro sábado conta ainda com a final do lançamento do peso feminina, que pode contar com Auriol Dongmo e Jessica Inchude, e as meias-finais dos 1.500 femininos, em que compete Marta Pen.