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Deco recebe desde segunda-feira mais de 40 queixas sobre voos cancelados

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A Deco recebeu esta semana mais de 40 reclamações de consumidores prejudicados por voos cancelados ou adiados no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, ultrapassando as 250 reclamações desde 03 julho.

"Desde segunda-feira e até hoje recebemos mais 43 pedidos de apoio de consumidores retidos no aeroporto de Lisboa por cancelamento de voo", informou hoje a associação de defesa dos consumidores, precisando que, "desde o início desta situação caótica, em 03 julho, registou um total de 254 reclamações.

A associação informa ainda que reuniu na quinta-feira com a TAP, a companhia aérea com mais cancelamentos na Portela, com o objetivo de "acompanhar com a operadora a resolução" das reclamações dos passageiros.

Esta reunião, segundo a Deco, teve ainda como objetivo um "reforço de informação e assistência" aos passageiros prejudicados pelos voos cancelados, uma vez que a associação considera "não estarem a chegar rápida e eficazmente aos consumidores" as informações sobre os cancelamentos e atrasos dos voos e a assistência.

"A associação está totalmente empenhada em melhorar a informação nos aeroportos", frisa a Deco na mesma nota.

Num outro comunicado divulgado na segunda-feira, a associação anunciou ter recebido na semana anterior uma média de 25 reclamações por dia de consumidores prejudicados por voos cancelados ou adiados nos aeroportos portugueses, sobretudo no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

"A esta situação já caótica, acresce ainda o problema sentido por muitas centenas de passageiros que ficaram sem bagagem", acrescenta, lembrando que, segundo a lei, os consumidores têm direito a uma indemnização "de cerca de 1.600 euros por perda, danos ou atraso".

Nas últimas semanas, tem-se assistido a uma vaga de cancelamentos e perturbações na operação das companhias aéreas e aeroportos, sobretudo devido a falta de pessoal, num contexto de recuperação rápida do transporte aéreo, depois da pandemia da covid-19.

Na origem dos problemas nos aeroportos, estão falta de pessoal, greves e outros fatores externos agravantes, nomeadamente climáticos, relacionados com a covid-19 ou com imprevistos.