PAN lembra que incêndios nascem sempre da acção humana
O PAN Madeira emitiu um comunicado onde afirma que "ainda vamos a tempo" de mitigar os efeitos da vaga de calor, nomeadamente evitar que haja incêndios descontrolados como os que têm ocorrido nos últimos dias no país. Citando o primeiro-ministro, dizem que António Costa afirmou que "os incêndios nascem sempre da ação humana. Deliberada, dos incendiários, não deliberada, dos não incendiários. Mas é sempre da ação humana”.
Por isso, lamentando que "mais uma vez enfrentamos o pesadelo dos incêndios", a verdade é que "Portugal não tem conseguido travar os incêndios florestais, sobretudo durante o período estival, quando como agora enfrentamos vagas de calor, com rajadas de vento, muito combustível nos espaços rurais e muita incúria por parte de tantos".
As consequências são óbvias não só em Portugal, mas em todo o mundo. "Os incêndios florestais têm vindo a causar cada vez maior impacto em diversas regiões do globo onde, no período correspondente à estação seca ou em anos secos, a vegetação se encontra extremamente seca. Estas condições, levam a que os incêndios florestais marquem e alterem profundamente a paisagem por onde se desenvolvem, causando a destruição de ecossistemas a perca generalizada de vidas humanas e animais e tremendos prejuízos", refere.
O PAN Madeira "considera que é fundamental implementar políticas de desenvolvimento que potenciam a preservação do território e não o seu abandono. Entendemos que a problemática em torno das origens dos incêndios florestais é complexa", analisa.
Se "por um lado, decorrem das características e estado do território: (1) o tipo de vegetação; (2) a falta de ordenamento das matas e florestas; (3) o abandono dos campos; (4) a perca de valor e o abandono do mundo rural; (5) o uso do fogo em festas arraiais e romarias", enumera, por outro lado, "o modo de ignição, como disse o primeiro-ministro é maioritamente de origem humana, seja de forma voluntária, seja de forma negligente".
Também "as condições meteorológicas que atualmente ocorrem em Portugal por consequência das Alterações Climáticas, sobretudo no verão, são favoráveis à ocorrência de incêndios. Devido às mudanças globais em curso, é espectável que as mesmas, influenciem a frequência, a gravidade e a recorrência dos incêndios. As mudanças climáticas criarão condições para um aumento substancial do risco meteorológico de incêndio, como aquelas que vivemos nestes dias. Com o risco se nada for feito veremos, o chamado período de incêndios alargar-se a todo o ano", acrescenta a análise.
Por isso, o "PAN Madeira está convicto de que a redução do número de ocorrências passa: (1) pelo reforço dos meios da proteção civil; (2) pela aposta em campanhas de sensibilização; (3) por mais e melhor formação dos bombeiros; (4) por uma remuneração mais justa dos bombeiros; (5) pela reabilitação e recuperação das áreas ardidas; (6) pela punição adequada dos prevaricadores", conclui.