Contraofensiva do exército do Burkina Faso mata 17 extremistas islâmicos
O Exército do Burkina Faso matou pelo menos 17 extremistas islâmicos numa contraofensiva realizada após o ataque do dia 10 na região Centro-Norte, no qual quatro civis morreram e seis soldados ficaram feridos, anunciou hoje fonte militar.
Em comunicado, a Direção de Comunicação e Relações Públicas do Exército disse que a operação mobilizou unidades terrestres e apoio aéreo e que foram feitas várias incursões em bases dos fundamentalistas identificadas graças aos serviços de informações.
Na operação foi apreendida uma grande quantidade de armas e munições, além de medicamentos, alimentos, engenhos explosivos artesanais, veículos e equipamento de comunicação, entre outros materiais.
Segundo o Exército burquinabê, nenhum soldado morreu nesta operação, encetada após o ataque de 10 de julho contra o destacamento militar de Barsalogho, na província de Sanmatenga.
O Burkina Faso sofre desde abril de 2015 ataques de extremistas islâmicos de movimentos ligados à Al-Qaida e ao grupo fundamentalista Estado Islâmico.
A região mais atingida pela insegurança é a do Sahel, que faz fronteira com Mali e Níger, embora o fundamentalista islâmico também tenha se espalhado para outras áreas vizinhas, como a região de Boucle du Mouhoun (oeste), desde 2017, e a região leste, desde 2018.
Em novembro de 2021, um ataque a um posto da polícia nacional causou 53 mortes (49 polícias e quatro civis), o que gerou grande descontentamento social que levou a fortes protestos exigindo a renúncia do então Presidente burquinabê, Roch Kaboré.
Meses depois, em 24 de janeiro, os militares tomaram o poder num golpe de Estado - o quarto na África Ocidental desde agosto de 2020 - e depuseram Roch Kaboré.