Fogo em Palmela obriga à evacuação de centro social e habitações
O Centro Social de Palmela e algumas habitações foram evacuadas por causa do incêndio que lavra naquela vila e que está a ser combatido por mais de 300 operacionais, disse à Lusa o vice-presidente da Câmara.
De acordo com Luís Miguel Calha (CDU), dezenas de utentes do Centro Social foram transportados para a Biblioteca Municipal e os seus familiares avisados.
O autarca adiantou ainda que algumas habitações foram evacuadas e outras estão em risco de o serem também.
Pelas 16:00, o fogo obrigou também ao corte da estrada da Baixa de Palmela, que liga Palmela a Setúbal, nos dois sentidos.
Segundo o vice-presidente da Câmara de Palmela, o incêndio terá começado na denominada estrada da Cobra, uma estrada de terra batida.
Luís Miguel Calha disse ainda à Lusa que, às 16:00, eram várias as frentes de fogo ativas, à volta da vila de Palmela, nas serras do Louro e de São Luís, e outras em direção a Aires e à Quinta do Anjo.
Segundo o autarca, a Câmara Municipal está a disponibilizar todos os meios de que dispõe para apoiar o trabalho dos bombeiros e garantir o apoio logístico necessário.
Há também várias empresas da região a disponibilizarem meios próprios para ajudarem, de forma direta ou indireta, no combate ao incêndio, acrescentou.
De acordo com a página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o alerta para este incêndio foi dado às 12:04 e estavam às 16:20 no terreno 308 operacionais, apoiados por 74 veículos e dois meios aéreos.
Portugal continental está em situação de contingência até às 23:59 de sexta-feira devido às previsões meteorológicas, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
A maioria dos distritos de Portugal continental estão sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.