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Miranda Sarmento vai hoje a votos como candidato único a líder parlamentar do PSD

Foto ESTELA SILVA/LUSA
Foto ESTELA SILVA/LUSA

O candidato único a líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, vai hoje a votos na bancada, com uma direção com dez vice-presidentes, mas que pretende aumentar para doze em breve.

A eleição decorre entre as 15:00 e as 18:00, na sala do grupo parlamentar, e será votada toda a direção alargada da bancada, que inclui os coordenadores e vice-coordenadores.

O economista Miranda Sarmento vai propor, num primeiro momento, dez vice-presidentes (o máximo permitido pelo regulamento interno da bancada e mais três do que os sete do ainda líder parlamentar, Paulo Mota Pinto), mantendo quatro da atual direção e propondo seis novos.

No entanto, de acordo com uma nota à imprensa enviada pelo PSD na segunda-feira, "será imediatamente, após a eleição, proposto em reunião do Grupo Parlamentar, a alteração ao regulamento" interno da bancada, para que o número máximo de 'vices' possa passar a 12, como vigorava antes de 2020.

Quando essa alteração se concretizar, farão parte da direção alargada 43 dos 77 deputados da bancada do PSD (55,8%).

Entre os dez vice-presidentes agora propostos transitam da anterior direção da bancada Ricardo Baptista Leite - que não declarou apoio público a qualquer candidato nas últimas diretas e surge como o primeiro nome na lista -, Catarina Rocha Ferreira, apoiante de Rui Rio desde a primeira hora, Paulo Rios de Oliveira, que esteve com Rui Rio desde 2018 e apoiou Montenegro na recente campanha interna, e Paula Cardoso, também apoiante do atual líder.

Entre os seis novos vice-presidentes, está Hugo Carneiro, ex-secretário-geral adjunto do PSD com o pelouro das contas do partido nos últimos quatro anos, e cinco apoiantes do atual presidente do partido: o líder da distrital de Santarém, João Moura, o líder da distrital de Leiria, Hugo Oliveira, o ex-presidente da Câmara de Espinho, Joaquim Pinto Moreira, e as deputadas Andreia Neto e Clara Marques Mendes.

Os dois futuros vice-presidentes, caso se confirme a alteração do regulamento interno, serão o líder da JSD Alexandre Poço e o antigo presidente da Câmara de Vila Real de Santo António Luís Gomes, também apoiantes de Montenegro nas recentes eleições internas.

Deixam de ser vice-presidentes da bancada André Coelho Lima, que acumulou esta função com a vice-presidência do partido, Hugo Carvalho, que foi cabeça de lista por Viseu nas últimas legislativas, e Fátima Ramos, deputada por Coimbra.

Foram indicadas para secretárias da direção as deputadas Emília Cerqueira e Sónia Ramos.

Entre os deputados que deixam funções de coordenação de comissões está, por exemplo, o deputado Carlos Eduardo Reis - que foi diretor de campanha do adversário de Montenegro nas eleições diretas, Jorge Moreira da Silva -- ou António Topa Gomes, que era coordenador da Comissão de Economia.

Paulo Mota Pinto foi eleito líder parlamentar do PSD em 07 de abril, com votos favoráveis de 71 dos 75 votantes (94%), dois brancos e dois nulos, e dois deputados ausentes em funções parlamentares.

Com este resultado, Mota Pinto ficou acima dos 81% obtidos por Adão Silva em setembro de 2020 e dos 89,8% do ex-presidente do partido Rui Rio, em novembro de 2019, em eleições que decorreram também sem opositores, e até de algumas eleições de Luís Montenegro, o líder parlamentar mais duradouro da bancada social-democrata (que variou entre os 86 e os 98% nas três eleições a que concorreu).

Um dia antes do início do Congresso do PSD que consagrou a nova direção, Paulo Mota Pinto anunciou que iria convocar eleições antecipadas para a direção da bancada por ter sido informado por Luís Montenegro que pretendia mudar a direção da bancada.

"Estava disponível para exercer o mandato e para colaborar, para me articular, com a direção do partido", assegurou.