Agir já porque ouvimos, vimos e lemos...

Nos últimos 40 anos, o actual risco de incêndio é o mais elevado. A seca severa ou extrema, a fraca/residual precipitação, a ausência de humidade nocturna a juntar à onda de calor e ventos muito fortes com mudanças repentinas de direção, tudo isto faz uma soma para que haja ignições a propagarem-se de difícil combate.

Hoje ninguém pode dizer que não viu, não ouviu ou leu algo sobre alterações climáticas, sendo Portugal vulnerável, urge reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, que está consagrado no Acordo de Paris. Se o comportamento humano sempre foi de exigência preventiva máxima face ao fogo, hoje essa atenção duplica em função da escassez da água, sendo um limitado precioso bem no combate aos incêndios. Os municípios têm de se adaptar a esta nova situação de escassez e futuro racionamento de água(?). As redes de transporte de água não podem estar sujeitas a ruturas que desperdiçam muita água. Crie-se novas disponibilidades de água, porque até ao fim do século será um bem mais escasso. Utilize-se águas residuais urbanas que no limite, depois de tratadas, podem ser consumidas. Dessalinize-se, conforme faz a ilha de Porto Santo, usando no processo a energia solar. Na agricultura deve contabilizar-se toda a água que é gasta.

Todos nós devemos usar a água com a máxima parcimónia! Assim, se cada qual cumprir com esta obrigação, daremos passos no sentido de prolongar no tempo o seu eventual racionamento.

A água é vida, então demos vida à Vida!

Vítor Colaço Santos