A Guerra Mundo

Rússia prepara-se para "fechar fornecimento de gás para a Europa" , alerta Zelensky

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Foto EPA

O Presidente da Ucrânia, Volodymy Zelensky, alertou hoje que a Rússia prepara-se para "fechar completamente o fornecimento de gás para a Europa", após o Canadá ter decidido entregar uma turbina do gasoduto Nord Stream 1 à Alemanha.

"Agora, não há dúvida de que a Rússia tentará não apenas limitar o máximo possível, mas fechar completamente o fornecimento de gás para a Europa no momento mais agudo", indicou o chefe de Estado ucraniano no serviço de mensagens Telegram.

"É para isso que nos precisamos de preparar, é isso que está a ser provocado agora. Porque cada concessão nessas condições é entendida pela liderança russa como um incentivo para uma pressão maior e mais forte", sustentou.

Para Zelensky, a decisão do Canadá, que, segundo o mesmo, "levanta muitos problemas, ainda pode ser revisada".

"A Rússia nunca jogou de acordo com a regras no setor da energia e não o vai fazer agora, a menos que veja poder", acrescentou.

A Ucrânia convocou hoje o embaixador do Canadá em Kiev, após o anúncio "inaceitável" da devolução à Alemanha das turbinas do gasoduto Nord Stream 1, por onde entra grande parte do gás natural russo.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros teve que convocar o enviado do Canadá ao nosso país por causa de uma exceção absolutamente inaceitável ao regime de sanções contra a Rússia", disse o Presidente ucraniano no Telegram.

No fim de semana, o Canadá concordou em entregar as turbinas necessárias para atender o gasoduto Nord Stream 1, apesar das sanções em vigor contra a Rússia e dos apelos da Ucrânia.

As turbinas estavam em manutenção no Canadá numa propriedade do grupo alemão Siemens.

O fornecimento de gás da Rússia à Alemanha é interrompido a partir de hoje durante dez dias devido aos trabalhos de manutenção do gasoduto Nord Stream 1 do Mar Báltico.

O gás deixará de fluir e o fornecimento está programado para recomeçar no início da manhã de 21 de julho.

No entanto, os funcionários estão muito preocupados com a possibilidade de os abastecimentos não serem restabelecidos, devido à guerra na Ucrânia.