Candidato a bastonário da Ordem dos Médicos agradado com o que ouviu na Madeira
Foi para se “aperceber da situação da Saúde na Região Autónoma da Madeira” que Jaime Branco, candidato a bastonário da Ordem dos Médicos, se descolou à Madeira no dia de hoje, tendo aferido que, à semelhança do que acontece no resto do país, na Região é preciso melhorar o diálogo entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares.
Nesta sua visita, o reumatologista contactou, não só com o director clínico, mas também com vários directores de serviço dos cuidados de saúde hospitalares e com vários médicos dos cuidados de saúde primários. O dia terminou com um encontro com o secretário regional de Saúde e Protecção Civil.
Dos conversas que manteve com vários colegas da Região, o médico mostou-se agrado com o que ouviu e prometeu apresentar sugestões de possível melhorias nas suas próximas vindas à Madeira, no âmbito desta sua candidatura.
A nível hospitalar, Jaime Branco diz haver sempre a necessidade de melhorar, sobretudo em termos do reforço das equipas e do ponto de vista tecnológico.
Ainda assim, o candidato diz não ter encontrado motivos que indiciem “risco de ruptura ao nível das urgências ou ao nível da produção hospitalar normal”. Colocou de parte, por conseguinte, o fecho de urgências como tem acontecido, nas últimas semanas, em alguns hospitais do continente.
Já no que respeita aos cuidados de saúde primários, “as suas principais queixas têm que ver com a necessidade de entrosamento entre os cuidados de saúde primários e os cuidados de saúde hospitalares”.
Segundo Jaime Branco esta é uma realidade também vivida no continente e que “tem de se melhorar continuamente”, já que os objectivos destas duas ‘parcelas’ dos cuidados prestados aos cidadãos são distintos, e “muitas vezes o diálogo não é o melhor possível”.
Por conseguinte, no seu entender, “há uma necessidade de aprofundar esse diálogo” para melhorar a qualidade da prestação aos utentes.
Neste sua visita à Região, o candidato a bastonário da Ordem dos Médicos destacou o aprimorar das respostas disponibilizadas aos utentes numa ilha, já que não possibilidade de recorrer a outros serviços.
Interpretando a insularidade como uma vantagem, o reumatologista preferiu colocar a tónica na importância de se investir mais na literacia em saúde da população.
Esta formação da população deve ser direccionada para a prevenção em Saúde e não apenas para os direitos dos doentes. Deve ser dada atenção, igualmente, ao acesso aos serviços existentes, facilitanto informação que permita mais adequadamente decidir quando é que se deve recorrer a um centro de saúde ou a uma urgência hospitalar.
Sendo este um problema nacional, Jaime Branco apontou-o como uma das linhas principais da sua candidatura, que se pauta, sobretudo, por uma Ordem dos Médicos mais independente e transparente, mais credível, opondo-se “à actual lógica e prática imobilistas”.