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Kiev garante que avanço das forças ucranianas no sul é "lento, mas seguro"

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Foto EPA

O avanço das tropas ucranianas no sul do país está a ser "lento, mas seguro", garantiu hoje Nataliya Humenyuk, chefe de comunicações do comando operacional do exército ucraniano na zona sul.

Num encontro com a imprensa na capital ucraniana, Humenyuk sublinhou que a situação na frente sul permanece "estável" e que as forças ucranianas estão a avançar posições.

"Anunciaremos as nossas vitórias logo que forem confirmadas", disse em Kiev a responsável pela comunicação do exército ucraniano, citada pela agência Interfax.

Humenyuk também sublinhou que o exército ucraniano conseguiu destruir postos de comando russos e centros de logística, incluindo depósitos de munições, combustível e lubrificantes.

A chefe de comunicações disse que os ataques a equipamentos militares russos perto da linha de frente têm sido "significativos", já que aqueles representam uma grande "ameaça" aos centros urbanos que estão sob fogo de artilharia russa.

Humenyuk explicou ainda que, neste momento, a Rússia não está a reforçar a sua presença militar no sul do país, mas antes a reorganizar o material bélico que tem na região, embora o faça lentamente.

"Estamos cientes de que vão procurar forma de fortalecer as posições que agora controlam", disse Humenyuk, pedindo à população civil para deixar os territórios onde as hostilidades estão ocorrer com maior intensidade, incluindo as regiões de Kherson e Zaporijia.

As forças de Moscovo fizeram progressos no leste do país e já controlam a maior parte da região do Donbass, mas Kiev assegura que a sua contra-ofensiva no sul está a progredir e a ganhar intensidade.

O exército ucraniano anunciou hoje a libertação da pequena cidade de Ivanivka, na região de Kherson.

Segundo os meios de comunicação ucranianos, o sucesso dos recentes ataques aos centros logísticos russos está relacionado com o uso de novas armas fornecidas pelos aliados ocidentais.

As informações sobre as operações militares na Ucrânia divulgadas pelas duas partes não podem ser confirmadas de imediato de forma independente.

A generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia por ter iniciado a guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 138.º dia.

A União Europeia e vários países ocidentais têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia e fornecido armas à Ucrânia.

Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será consideravelmente elevado.