Ucrânia e União Europeia estão a entrar num novo capítulo da sua história, diz Zelensky
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que a Ucrânia e a União Europeia estão a entrar num novo capítulo da sua história, após a aceitação da candidatura do país à adesão ao bloco europeu.
"Agora somos mais próximos. Agora estamos mais juntos", afirmou Zelensky dirigindo-se ao Parlamento ucraniano, saudando o início de um novo capítulo na história das relações do seu país com a União Europeia.
"Trata-se de uma grande honra e de uma grande responsabilidade" trabalhar para "realizar as aspirações" do país, acrescentou o chefe de Estado.
Zelensky sublinhou que a Ucrânia percorreu "um percurso de 115 dias para obter o estatuto de candidato" à UE, defendendo que o caminho do país para a adesão "não deve demorar décadas".
"A Ucrânia bate-se para escolher os valores (que defende) para estar dentro da 'família europeia'", disse ainda o Presidente ucraniano.
Após a intervenção do chefe de Estado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, falando aos dirigentes e deputados ucranianos por videoconferência, disse que a adesão do país está ao seu alcance e incentivou os parlamentares a acelerar as reformas contra a corrupção.
Saudou ainda a adoção por Kiev de uma lei destinada a desfazer "a influência excessiva dos oligarcas na economia".
A bandeira da União Europeia e a bandeira da Ucrânia estiveram lado a lado durante a sessão parlamentar, em Kiev.
Zelensky, o primeiro-ministro, Denys Chmygal, e o presidente do parlamento ucraniano, Rouslan Stefantchouk, assinaram o documento de compromisso que simboliza a unidade do Estado nos esforços para aderir à União Europeia.
A Ucrânia pediu oficialmente a adesão à União Europeia cinco dias após a invasão da Rússia, a 24 de fevereiro.
Os 27 Estados membros da União Europeia aceitaram a candidatura no dia 23 de junho.
Mesmo assim, o processo pode prolongar-se por anos tal como acontece com o pedido de adesão da Turquia e dos países dos Balcãs, devido particularmente aos rigorosos critérios sobre o Estado de direito e a economia dos países candidatos.