Um desafio
Ninguém me pediu ou solicitou nem diplomas, nem mesmo habilitações
Hoje retirado profissionalmente, o que vulgarmente se designa por “reformado”, mas, felizmente activo e com uma visão muito positiva da coisa, encarando esta fase da vida, como uma “oportunidade” que Deus me dá, para usufruir e conhecer outros horizontes e possibilidades em que a vida é fértil, especialmente, para quem está aberto e atento, e que noutros tempos, pelas mais variadas razões, não me podia dar a esses “luxos”, eis que me aparece um desafio.
De vez em quando e porque acho que deve fazer parte do percurso, tentar transmitir aos outros, alguma da experiência que a “kilometragem” percorrida, nos vai proporcionando, contribuí nas “Cartas do Leitor” com uma ou outra intervenção (cívica), que pelos vistos tiveram alguma atenção por parte da Direcção do DN; como consequência desse facto o seu ilustre Director, Dr. Ricardo Miguel Oliveira teve a amabilidade de me desafiar para fazer um texto de opinião mensal. A estima e consideração que me merece, levou-me a aceitar, e também, porque na vida sempre fui de “gostar de desafios”...
Aqui e se me permitem algum humor, acho que é também uma excelente medida de gestão do DN, pois “a contratação”, neste caso particular, “de mão-de-obra barata”, permitirá no final do dia, um produto em termos de qualidade/preço bastante razoável...!
A definição simples de desafio é: - Acção ou efeito de desafiar, ocasião ou grande obstáculo que deve ser ultrapassado; E como dizia Mestre deRose, escritor e educador brasileiro: - Obstáculos e dificuldades fazem parte da vida e a vida é a arte de superá-los...!
Mas, o “passar” das Cartas do Leitor para um texto de opinião mensal, tem uma perspectiva diferente, do meu ponto de vista, pois o nível de compromisso, escrutínio e até de peso e comparação, relativamente aos outros colunistas, é outro.
Acredito seriamente, que todos na vida podemos melhorar, desde que, disponíveis e com a humildade necessária para aprender. Sabemos que no nosso país, muito por culpa de alguma classe política, sabida, ou seja que pretensamente sabe tudo, e falam de tudo e sobre qualquer assunto, por vezes de forma ignorante e alarve, não é assim que se passa... (Façam um esforço de memória e tentem recordar-se de um, que perante uma questão que lhe seja colocada, diga, desculpe não sei, vou-me informar e depois digo-lhe..., são muito “poucochinhos”..!)
Por respeito, pelo convite, por quem me vai ler e especialmente por mim, inscrevi-me num curso de “Competências de Comunicação e Relacionamento Interpessoal”, de modo a aumentar os meus skills sobre a matéria (até por coerência, para não fazer as “figuras” de alguns desses entes, uns que trepam, outros que “falsificam” as habilitações para ter acesso a “lugares” indevidamente).
Já agora acrescento e informo para que conste, que no caso em apreço, ninguém me pediu ou solicitou nem diplomas, nem mesmo habilitações (sem dúvida, que são destemidos e arriscam...!), mas, felizmente sei que há mínimos que se deve “saber” respeitar.
Então, “Que siga a Marinha”! (Frase utilizada na gíria militar)
P.S. - Quando tratei da inscrição no curso, fiquei muito preocupado e até desconfiado, pois a data do início foi num Domingo; explicaram-me que tal era por ser em “e-learning” e como tal era indiferente. Mas, questionei e garantiram-me que não havia exames ou testes aos Domingos, e aí fiquei descansado, é que não é por nada, mas, veio-me logo à memória o Eng. José Sócrates... Deus me livre!
É que ao contrário do Dr. António Costa, que só recentemente “percebeu” que o homem, afinal, era um aldrabão... eu, bem como a maioria das pessoas, há muitos anos já tínhamos percebido...!