Pelo menos 10 mortos e três desaparecidos devido a inundações no centro da China
Pelo menos 10 pessoas morreram e três estão desaparecidas, devido às inundações ocorridas na província de Hunan, no centro da China, informou hoje a imprensa estatal.
Várias tempestades atingiram o centro da China desde o início do mês. Algumas estações de monitoramento registaram níveis históricos de chuvas, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.
Cerca de 1,8 milhão de pessoas foram afetadas em Hunan, província montanhosa e predominantemente rural -- 286 mil das quais foram levadas para um local seguro, enquanto mais de 2.700 casas ficaram danificadas ou colapsaram, de acordo com a Xinhua.
A China sofre regularmente inundações durante os meses de verão, mais frequentemente no centro e sul do país.
As fortes chuvas e inundações também afetaram a província vizinha de Jiangxi. Segundo a agência de notícias oficial Xinhua, cerca de 32 mil pessoas foram retiradas pelas autoridades, entre 28 de maio e esta segunda-feira. Não foram relatadas mortes.
As piores inundações da China nos últimos anos ocorreram em 1998, quando mais de duas mil pessoas morreram e quase três milhões de casas foram destruídas, principalmente ao longo do rio Yangtsé.
Globalmente, tempestades tropicais mais intensas estão a aumentar, como resultado das mudanças climáticas, levando ao aumento das inundações, que ameaçam vidas humanas, colheitas e a qualidade das águas subterrâneas.
No verão passado, inundações no centro da China, após chuvas de intensidade sem precedentes nas últimas décadas, causaram mais de 300 mortes, com bairros inteiros e estações de metro a ficarem submersas na província de Henan.
Song Lianchun, meteorologista do Centro Meteorológico Nacional, declarou então: "Não podemos dizer que um evento climático extremo seja causado diretamente pelas mudanças climáticas, mas, a longo prazo, o aquecimento global causa um aumento na intensidade e frequência desses eventos".