Forças russas e sírias realizaram exercício militar aéreo conjunto sobre a Síria
As forças aéreas da Rússia e da Síria realizaram na terça-feira um exercício conjunto no país do Médio Oriente, o primeiro desde o início da invasão russa da Ucrânia, revelou o Ministério da Defesa sírio.
Dois caças russos SU-35 e seis aeronaves sírias MiG-23 e MiG-29 simularam enfrentar aviões de guerra e 'drones' inimigos, referiu a mesma fonte.
Os pilotos sírios deram cobertura e apoio aos aviões de guerra russos, acrescentou.
"Todos os alvos imaginários foram monitorados e completamente destruídos enquanto alvos aéreos foram atingidos à noite pela primeira vez", destacou ainda o Ministério da Defesa da Síria em comunicado.
O governo sírio também divulgou um vídeo dos aviões de guerra que participaram no exercício.
O Ministério da Defesa da Síria referiu que durante o exercício, os aviões de guerra russos e sírios realizaram patrulhas conjuntas ao longo das Colinas de Golã e outras partes do sul da Síria.
O último exercício conjunto foi realizado uma semana antes da Rússia iniciar a sua invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.
Em meados de fevereiro, os militares russos enviaram bombardeiros e caças de longo alcance com capacidade nuclear para transportar mísseis hipersónicos de última geração para a Síria, para exercícios navais em grande escala no mar Mediterrâneo.
Este anúncio surgiu horas depois da televisão estatal síria ter noticiado que mísseis israelitas atingiram posições do Exército sírio a sul da capital Damasco, que resultou em danos materiais mas não causou vítimas.
A televisão estatal citou um oficial militar que explicou que aviões de guerra israelitas dispararam vários mísseis enquanto sobrevoavam as Colinas de Golã, ocupadas por Israel, na noite de segunda-feira, acrescentando que as defesas aéreas sírias destruíram a maioria dos mísseis.
Em 13 de maio, mísseis israelitas atingiram o centro da Síria, matando cinco pessoas, incluindo um civil, e provocando incêndios em terras agrícolas na área.
A Rússia envolveu-se militarmente na Síria em setembro de 2015, ajudando a pender a balança a favor das forças do Presidente Bashar Assad.
Israel raramente comenta os seus ataques contra a Síria, mas diz que não permitirá que o Irão expanda sua influência na Síria.
O conflito na Síria resultou até agora na morte de quase 610 mil pessoas e numa grave crise humanitária.
Desencadeada em março de 2011 pela repressão às manifestações pró-democracia, a guerra na Síria tornou-se mais complexa ao longo dos anos com o envolvimento de potências regionais e internacionais, e a ascensão de extremistas islâmicos.
Apesar de derrota, o Estado Islâmico tem conseguido perpetrar ataques mortais através de células adormecidas, principalmente no vasto deserto no centro do país, onde realiza constantes emboscadas contra forças pró-governo.