Madeira

Madeira deve superar os 60% de energia renovável até 2030

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Presidente da EEM garante que até 2025 serão atingidos os 25% de energia limpa

A Região prevê atingir os 50% de produção eléctrica proveniente de fontes renováveis até 2025. Fasquia que deverá ultrapassar os 60% até final desta década.

Dados apontados pelo Eng.º. Francisco Taboada, presidente da Empresa de Electricidade da Madeira (EEM), por ocasião do tema da primeira palestra das 'Conferências do Ambiente e Acção Climática', a decorrer, esta tarde, no Colégio dos Jesuítas, no Funchal.

À margem da palestra lembrou que “desde os anos 50 que a EEM vem construindo algumas estruturas em benefício do ambiente, nomeadamente as quatro centrais hidroeléctricas que foram construídas na década de 50, 60 e 70, e hoje em dia continuamos com esse esforço

Construir e instalar parque eólicos, parques solares”, acentuou.

Destacou o facto de a EEM, através do Governo Regional, ter inscrito “cerca de 70 milhões de euros no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que vão servir para remodelar duas centrais hidroeléctricas”, nomeadamente a da Serra de Água e da Calheta, cuja potencia “passará para o dobro”, além de permitir instalar novas baterias de sistema, que foi o tema da temática abordada.

Face à capacidade instalada e aos investimentos previstos, Francisco Taboada reforça que estes contributos permitirão “que dentro dos próximos dois anos nós possamos subir a participação de energia renovável para cerca de 50%”. Este é o objectivo a alcançar até 2025. Nos cinco anos seguintes as renováveis deverão crescer pelo menos mais 10%, ou seja, “esperamos até 2030 superar os 60%”, apontou.

Na palestra, o presidente da EEM abordou os investimentos estruturantes e fundamentais, entre as quais a colocação de três novos aerogeradores na Madeira (Paul da Serra) e dois em Porto Santo.

Em matéria de gases com efeito estufa, fez saber que em todo o mundo é produzido anualmente 51.000.000.000 toneladas, e que na Madeira situa-se à volta das 300.000 toneladas, ou seja, o peso da Região no total global é de 0,000.006%.

Perante estes dados, concluiu que “todos têm que fazer a sua parte e nós (RAM) estamos a fazer a nossa”.