Kiev precisa de apoio militar "constante" e não "pontual" dos países ocidentais
A Ucrânia precisa de apoio militar "constante" dos países ocidentais, não de ajuda "pontual", até derrotar as forças de Moscovo, afirmou hoje a vice-ministra da Defesa do país, Ganna Malyar.
"Entrámos numa guerra prolongada e vamos precisar de apoio constante. O Ocidente tem de compreender que a sua ajuda não pode ser pontual, mas deve continuar até ganharmos", afirmou Ganna Malyar aos meios de comunicação locais.
A Ucrânia aguarda a entrega de sistemas de mísseis mais avançados, prometidos pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e espera que essa remessa de novas armas altere o equilíbrio de forças contra a Rússia no leste do país.
Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira que iriam enviar à Ucrânia quatro sistemas Himars (lançadores múltiplos de rockets montados em veículos blindados ligeiros) e ainda mais 1.000 mísseis Javelin anti-tanque e quatro helicópteros Mi-17 como parte de um novo pacote de ajuda militar.
O subsecretário norte-americano da Defesa, Colin Kahl, informou que as forças ucranianas irão precisar de cerca de três semanas de treino para utilizar os Himars, lança-mísseis guiados de alta mobilidade, que podem dar aos ucranianos uma vantagem de distância e precisão na batalha pelo Donbass.
Vários países prestaram assistência militar à Ucrânia na sua defesa contra a invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro, sempre com a ressalva de não se tornarem eles próprios beligerantes.
Os ataques russos atingiram Kiev ao amanhecer de hoje, pela primeira vez desde finais de abril, e o Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou expandir os alvos, caso o Ocidente abasteça a Ucrânia com mísseis de longo alcance.
Na eventualidade de tais entregas, a Rússia atacará "locais até agora não visados", afirmou Putin em declarações ao canal de televisão Rossiya-1, sem elaborar a que locais se referia.