35% dos franceses em Portugal votaram online na primeira volta
A votação na primeira volta das eleições legislativas francesas registou uma taxa de participação por voto eletrónico de "bom nível" em Portugal, com 35% dos eleitores elegíveis a optarem por votar desta forma, adiantou a embaixada.
De acordo com Thomas Bertin, o 'número 2' da embaixada francesa em Lisboa, votaram eletronicamente 35% dos cerca de 16 mil eleitores franceses recenseados em Portugal, numa votação que decorreu entre 27 de Maio e 1 de Junho, mas ainda não é possível divulgar resultados relativos a estes votos, uma vez que a informação está em Paris e ainda tem que ser validada pela comissão eleitoral.
Hoje decorre a votação presencial para a primeira volta nas legislativas nas cinco mesas de voto que existem em Portugal - três em Lisboa, uma no Porto e uma em Faro.
"A participação presencial é menor do que nas eleições presenciais, porque nas legislativas temos voto eletrónico", explicou Thomas Bertin, sem poder indicar, para já, dados precisos sobre a participação presencial, que decorre até às 18:00 de hoje.
Os resultados globais da primeira volta em Portugal serão conhecidos na segunda-feira de manhã, adiantou.
O responsável da embaixada francesa em Lisboa explicou também que nestas eleições o voto dos franceses no estrangeiro foi adiantado, porque os círculos eleitorais são muito grandes, sobretudo América do Norte e Ásia, e era necessário dar tempo aos candidatos para fazer campanha na segunda volta.
Portugal, em conjunto com Espanha, Andorra e Mónaco, está integrado no 5.º círculo eleitoral para franceses no estrangeiro, num total de 11, que elegem 11 deputados.
A segunda volta em Portugal decorre a 19 de junho, tal como em França.
Já em França, a primeira volta das legislativas acontece no próximo domingo, 12 de Junho.
O calendário eleitoral em França faz com que no espaço de dois meses os gauleses escolham o Presidente e os 577 deputados que constituem a Assembleia Nacional, sendo que em França o Presidente é o líder do Governo, havendo muito em jogo para Emmanuel Macron nestas eleições legislativas que decorrem a 12 e 19 de Junho.
Desde logo, 15 dos seus ministros recém-nomeados, incluindo a primeira-ministra, Elisabeth Borne, são candidatos em diferentes círculos eleitorais. Se alguns têm a vida mais facilitada, como o ministro do Interior, Gerald Darmanin, antigo autarca de Tourcoing, no Norte, e candidato nessa circunscrição, ou a atual porta-voz do Governo, Olivia Grégoire, que se candidata em Paris, outros lutam pela eleição.
A grande interrogação é Elisabeth Borne. É a primeira vez que a primeira-ministra se apresenta a eleições e foi-lhe concedido um círculo eleitoral onde tem algumas ligações familiares, mas onde não é especialmente conhecida. Para Borne e para os seus ministros, perder estas eleições significa perder o seu lugar no Governo, já que os ministros que não ganharem serão obrigados a sair do executivo.
Estas eleições em França têm duas voltas. De forma a vencer na primeira volta, que se realiza a 12 de Junho, o vencedor tem de reunir 50% dos votos que representem pelo menos 25% dos eleitores inscritos. Quando isto não acontece, passam à segunda volta, que se realiza no dia 19 de junho, todos os candidatos que tenham obtido votos equivalentes a mais de 12,5% dos inscritos ou dois candidatos mais votados.