Julgados
Prossegue sem se vislumbrar o seu fim a guerra que Putin com total desrespeito pelo Direito Internacional impôs à Ucrânia ao mandar o exército russo invadi-la sem um motivo minimamente plausível, violando a sua integridade territorial, soberania e independência. Para além das cidades ucranianas destruídas pelos bombardeamentos indiscriminados do exército russo, são já dezenas de milhares as mortes provocadas pela guerra não só entre as tropas de ambos os lados, mas também entre a população civil ucraniana. Os repórteres das televisões que com risco de vida nos trazem diariamente informações e imagens fidedignas do que se está a passar nesta guerra onde alguns já morreram, ainda que alguns simpatizantes do BE e do PCP achem que para ser fidedigna essa informação teria de ser corroborada pela TASS e os media russos submetidos à lei da rolha e à censura de Putin, têm mostrado ao mundo todo o horror da destruição provocada pelos bombardeamentos russos que não se restringem aos alvos militares mas atingem também os civis incluindo meios de socorro, colunas de transportes civis nomeadamente de jornalistas todos devidamente identificados, bem como as evidências cada vez maiores de crimes de guerra perpetrados pelo exército invasor contra a população ucraniana, conforme se vão descobrindo cada vez mais valas comuns onde as vítimas foram enterradas e ouvindo os relatos de quem sobreviveu. Putin ainda não atingiu, e será difícil de atingir, a menos que provoque uma guerra nuclear e aí sim ultrapassaria largamente o patamar de malignidade de Hitler, mas terão de ser apuradas as responsabilidades dele e do seu “circle of evil” pelas atrocidades e consequências a nível mundial da guerra desencadeada com a invasão da Ucrânia. Independentemente do julgamento da opinião pública seria curial, a exemplo do que aconteceu com Ratko Mladic e Radovan Karadzic, que Putin e o seu “circle of evil” fossem julgados, mesmo que à revelia, no Tribunal Penal Internacional.
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