Na última década
No DIÁRIO de 31 de maio de 2022, página 4, em Demografia, com o título "Última década com menos 36.370 nascidos do que há 50 anos", do jornalista Francisco José Cardoso.
Há várias causas para chegarmos a esta situação.
Nos anos 60 do século XX, muitos jovens adolescentes emigraram para vários países, para irem com os seus familiares, para não serem mobilizados para as Províncias Ultramarinas, sob o domínio de Portugal, que estavam em luta para a sua emancipação.
Milhares de jovens foram mobilizados para irem defender os territórios ultramarinos governados por Portugal; regressando muitos em caixões, outros mutilados e muitos desaparecidos.
Com a desordem da revolução do 25 de abril de 1974, foi a grande debandada de jovens e adultos para outros países, visto haver muita confusão, e levando os emigrados a não enviarem o seu dinheiro para os Bancos da
Madeira.
Os baixos salários, vencimentos ou ordenados; em contradição com o custo de vida, é o fundamento para que os casais não queiram ter mais que 1, 2 ou 3 filhos.
No DN de 1 de junho do corrente ano, com o título " Inverno demográfico é Preocupante", o Sr. João Correia, membro fundador da APPFN - Associação Portuguesa de Pais de Famílias numerosas, faz a seguinte chamada de atenção: "Como se faz para a parte da estrutura económica e política, também devia ser feita para a parte da estrutura social e da família, no sentido de dar mais condições para que as pessoas queiram ter filhos".
Estou em concordância com o ilustre senhor João Correia.
Só com uma nova visão política social, se poderá colmatar esta situação.
José Fagundes