Almirante Gouveia e Melo enaltece a “gente fantástica” que são os faroleiros
O Chefe do Estado-Maior da Armada participa esta noite na abertura das comemorações dos 100 anos do Farol da Ponta do Pargo
Para assinalar os 100 anos do Farol da Ponta do Pargo, que decorre este fim-de-semana, este final de tarde, princípio de noite, há animação musical junto ao farol com a actuação dos The Grumpies, seguindo-se do Grupo de Folclore da Calheta e os Dixie.
Antes, nos minutos que antecederam o pôr-do-sol no extremo Oeste da Madeira, o Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, Almirante Henrique Gouveia e Melo fez uma breve intervenção aos presentes.
Aproveitou para recordar que enquanto operacional mandaram-no “tratar de faróis” apesar de achar “que havia qualquer coisa de errado”. Contudo, “depois de ser dois anos director de faróis, adorei trabalhar com os faroleiros, adorei esta gente que se empenha totalmente”, enalteceu o Almirante, que está na Região precisamente para acompanhar o programa de comemorações deste centenário, cuja cerimónia comemorativa acontece este domingo ao final da manhã no mesmo local – Farol da Ponta do Pargo – e será presidida pelo Representante da República para a Madeira, o Juiz Conselheiro Ireneu Cabral Barreto.
Esta noite, na curta declaração proferida, o Almirante Henrique Gouveia e Melo fez questão de registar há casos da Marinha de “três gerações seguidas de faroleiros: o avô, o pai e o neto”. Este e os outros “são gente fantástica” que por viverem “de alguma forma isolada, fazem tudo e mais alguma coisa, desde alvenaria até mecanismos de relojoaria. São pessoas extraordinárias”, disse.
Aproveitou para esclarecer qua ainda hoje os faróis desempenham importante papel no assinalamento marítimo.
“Hoje em dia, com os novos métodos de navegação, pode parecer uma coisa do passado, mas ainda não é uma coisa do passado”, assegura.
Deu o exemplo de um projecto realizado em São Tomé e Príncipe, ilha que que não tinha faróis para assinalamento marítimo onde anualmente “perdiam mais de cem pescadores” por falta destas importantes referências luminosas quando deixavam de avistar a ilha.
“Depois de implementados os faróis, perdem-se menos de 10 pescadores por ano”, disse, explicando desta forma a grande importância deste sistema de assinalamento.
Entretanto com o sol de fim de tarde a ‘tocar’ na linha do horizonte, terminou a curta declaração, dando conta que lhe ensinaram “nunca nos metermos entre uma população desejosa de ver qualquer coisa e o evento, porque podemos ser atropelados”.
Esta noite, no encerramento deste primeiro dia comemorativo, pelas 23h00, haverá um espectáculo de fogo de artifício.