"Uma sociedade que não valoriza os seus professores é uma sociedade ingrata e inculta"
Quem o diz é o Representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto
É com "uma enorme satisfação" que o Representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, encara o talento dos jovens participantes do concurso literário, que está inserido nas comemorações do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
É uma grande satisfação apreciar o vosso talento, o vosso domínio da língua e o modo como a colocam ao serviço da criatividade. As duas coisas são fundamentais e potenciam-se mutuamente: a imaginação impulsiona a escrita e esta por sua vez, na sua dinâmica própria e pessoal, motiva a criatividade". Ireneu Barreto
Ireneu Barreto apelou aos jovens para não desistirem dos seus sonhos mesmo quando acharem que não os irão conseguir concretizar.
Se têm um sonho, nunca desistam. Insistam. Insistam mesmo quando achem que não é possível, até porque dessa insistência podem vir outros sonhos que não imaginaram antes". Ireneu Barreto
Além disso, destacou o papel fundamental dos professores na educação dos jovens, pedindo a todos que valorizem esta profissão.
"Uma sociedade que não valoriza e não acarinha os seus professores é uma sociedade ingrata e inculta, porque revela não perceber a importância do futuro", frisou.
Ireneu Barreto sublinhou ainda a importância de "assegurar a renovação dos quadros docentes numa óptica de valorização da profissão".
"Ao longo dos anos temos assistido a uma degradação progressiva da profissão de professor. Face ao elevado número de professores que, nos próximos anos, atingirão a idade de aposentação, devemos sublinhar o quão importante é assegurar a renovação dos quadros docentes numa óptica de valorização da profissão, através de um quadro de docentes com sólida formação e competência científica e profissional, preparado para educar jovens para um mundo competitivo, moderno, global, mas também solidário e humanista", sustentou.
Na oportunidade saudou o Governo Regional na transição digital dos manuais escolares, mas apelou a que não caia na tentação de substituir professores por tecnologia.
"Ao saudar e aplaudir o esforço do Governo Regional na transição digital dos manuais escolares, desejo que saibamos extrair deles o que têm de efectivamente útil, combinando-os com métodos clássicos com resultados comprovados. Nomeadamente, que não haja a tentação de substituir professores por tecnologia, , dispensando ou aliviando o ensino presencial, pois ele é essencial para desenvolver capacidades de apreciação crítica autónoma nas nossas crianças e jovens e, sobretudo, não é possível isentar a educação do humanismo dos seus educadores. O afecto, só possível pelo contacto humano, é um elemento essencial para a formação e educação", sublinhou.
O júri do concurso é constituído por Ireneu Lucília Mendes Andrade, Agostino Lício Gonçalves Araújo e Anabela Nóbrega Coelho Abreu Pita.
Eis os trabalhos premiados:
1º. Prémio – Patrícia Alexandra Tomás Abreu, aluna do 11.º Ano da Escola Secundária Jaime Moniz;
2.º Prémio - Tomás Aguiar Correia, aluno do 9.º Ano da Escola Bartolomeu Perestrelo;
3.º Prémio - Maria Victória de Abreu Antunes, aluna do 9.º Ano da Escola Bartolomeu Perestrelo;
Menção Honrosa - Alexandre Guilherme Rodrigues Almeida Silva, aluno do 12.º Ano da Escola Secundária de Francisco Franco.
