Rússia prolonga restrições a voos civis em 11 aeroportos até dia 12
O regime de restrição de voos civis em 11 aeroportos do sul e parte central da Rússia foi prolongado até 12 de junho, anunciou hoje o Ministério dos Transportes russo, citado pela agência Tass.
A lista de aeroportos com voos limitados não foi alterada e inclui os de Anapa, Belgorod, Bryansk, Voronezh, Gelendzhik, Krasnodar, Kursk, Lipetsk, Rostov-on-Don, Simferopol e Elista, refere a agência de notícias russa.
O espaço aéreo das regiões sul e central da Rússia está fechado a aviões civis desde 24 de fevereiro de 2022, dia em que a Rússia deu início à invasão da Ucrânia, estando estes aeroportos dedicados à chamada operação militar especial.
A medida foi decretada por um período inicial de uma semana, mas tem sido sucessivamente prorrogada.
As companhias aéreas russas receberam recomendações do regulador para continuarem a organizar o transporte de passageiros em rotas alternativas, usando os aeroportos de Sochi, Volgograd, Caucasian Mineralnye Vody, Stavropol e Moscovo.
A Agência Federal de Transportes Aéreos da Federação Russa (Rosaviatsia) tinha anunciado, em 29 de maio, uma extensão do regime de restrição de voos, passando o prazo final de 31 de maio para 06 de junho.
A Rússia lançou em fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU refere também que mais de 4.100 civis morreram e quase 5.000 ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.