Coronavírus País

Quase 252 mil suspeitas de reinfecção desde o início da pandemia

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Portugal registou quase 252 mil suspeitas de reinfeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, que representam 5,3% dos 4,7 milhões de casos confirmados desde o início da pandemia, indica o relatório semanal sobre a evolução da covid-19.

"Entre 3 de março de 2020 e 30 de maio de 2022 foram registados 4.717.123 episódios de infeção por SARS-CoV-2. Destes, 251.758 são episódios de suspeitas de reinfeção, o que perfaz 5,3% do total de casos", avança o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) ontem divulgado.

Portugal com 175.766 casos de covid-19 e 220 mortes na última semana de Maio

Portugal registou, entre 24 e 30 de maio, 175.766 infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 220 mortes associadas à covid-19 e um aumento dos internamentos em enfermaria e cuidados intensivos, indicou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com a autoridade de saúde, 41,3% das suspeitas de reinfeção reportadas entre 90 e 180 dias ocorreram com a linhagem BA.5 da variante Ómicron, que é atualmente dominante no país, sendo responsável por cerca de 87% dos contágios.

Em 18 de maio, a DGS passou a contabilizar as suspeitas de reinfeção, fazendo a atualização retrospetiva dos casos acumulados desde o início da pandemia.

Relativamente à pressão sobre os serviços de saúde, o relatório indica uma tendência crescente da ocupação hospitalar por casos de covid-19, com 2.092 internados em 30 de maio de 2022, mais 14% em relação à semana anterior.

"Todos os grupos etários apresentaram uma tendência crescente nos internamentos em enfermarias na última semana, exceto o grupo dos 20 aos 39 anos, que apresentou uma tendência estável", adiantam a DGS e o INSA.

A faixa etária com maior número de casos internados nas enfermarias dos hospitais de Portugal continental foi a dos idosos com 80 ou mais anos, com 851 doentes hospitalizados na última segunda-feira.

Relativamente aos cuidados intensivos, o número de doentes nessas unidades correspondeu, no início da semana, a 42% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas, representando um crescimento face aos 38,8% registados nos sete dias anteriores.

De acordo com os dados hoje divulgados, os hospitais da região Norte continuam a ter a maior ocupação entre as várias regiões de Portugal continental, encontrando-se agora a 55% do nível de alerta estipulado de 75 camas para doentes de covid-19.

"A razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,09, indicando uma menor gravidade da infeção quando comparada com ondas de covid-19 anteriores e semelhante à observada desde o início de 2022", sublinha ainda o documento.

Na segunda-feira, a mortalidade específica por covid-19 estava nos 43,9 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, apresentando uma tendência crescente e que é mais do dobro do limiar de 20 mortes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) para este indicador.

"A mortalidade por todas as causas encontra-se acima dos valores esperados para a época do ano", alertam a DGS e o INSA, que associam essa situação ao "aumento da mortalidade específica por covid-19".

Segundo o documento, o número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos sete dias, foi de 1.707, agora com tendência estável a nível nacional, e o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus que provoca a covid-19 baixou para o limiar de 1,00.

A percentagem de testes positivos para SARS-CoV-2 entre 24 e 30 de maio foi de 51,1%, o que indica uma "possível inversão da tendência para decrescente", tendo-se registado uma diminuição do número de despistes do vírus, que passou de mais de 367 mil para cerca de 344 mil.

Perante estes indicadores, o INSA e a DGS adiantam que a pandemia "mantém uma incidência muito elevada", embora com inversão da tendência crescente que se vinha a registar nas últimas semanas.

"O impacto nos internamentos e a mortalidade específica por covid-19 mantêm uma tendência crescente" e "deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica, recomendando-se fortemente o reforço das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço", aconselha o relatório.