Aliados da NATO pretendem lançar Fundo de Inovação para preservar "liderança tecnológica" mundial
Mais de 20 Estados-membros da NATO, incluindo Portugal, comprometeram-se hoje a lançar um Fundo de Inovação, de mil milhões de euros, para impedir que a China e a Rússia assumam "a liderança tecnológica" a nível mundial.
Na abertura dos trabalhos do terceiro dia da cimeira dos chefes de Estado e de Governo da NATO, que decorre em Madrid, 22 líderes da Aliança -- entre os quais o primeiro-ministro português, António Costa -- assinaram uma Carta de Compromisso para um novo Fundo de Inovação da NATO.
Segundo o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, o fundo em questão permitirá "investir mil milhões de euros em 'start-ups' (empresas) que estão numa fase inicial e noutros fundos tecnológicos", aproveitando "o melhor das novas tecnologias para a segurança transatlântica".
"Termos preservado a dianteira tecnológica tem-nos ajudado a manter a nossa Aliança forte e as nossas nações seguras durante mais de 70 anos. Mas hoje, nações que não partilham os nossos valores -- como a Rússia e a China -- estão a desafiar essa liderança em domínios que vão da inteligência artificial às tecnologias do espaço", afirmou.
Stoltenberg defendeu que "é essencial" a NATO "fazer tudo o que estiver ao seu alcance" para se manter "na linha da frente da inovação e da tecnologia".
"Este fundo, em conjunto com o Acelerador de Inovação da NATO (DIANA, na sigla em inglês), irá ajudar a fazê-lo. Com um prazo de existência de 50 anos, o Fundo de Inovação da NATO irá ajudar a dar vida a novas tecnologias emergentes que têm o poder de transformar a nossa segurança nas próximas décadas, de fortalecer o ecossistema de inovação da Aliança e de reforçar a segurança dos nossos cidadãos", realçou.
Pouco depois da declaração de Stoltenberg, os 22 Aliados assinaram a carta de compromisso em questão, antes de tirarem uma fotografia para assinalar o acontecimento.