Os BRICs e os outros
Os BRICs são um agrupamento de países de mercado emergente cuja abreviatura deriva das iniciais dos seus membros. Neste caso, Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC), o grupo fundador, tendo depois acrescentado a África do Sul (South África) e resultou na sigla actual. Apesar da economia do país africano não o justificar interessava para promover a abertura àquele continente.
Criaram o Novo Banco de Desenvolvimento, com sede na China, cujo principal objectivo é financiar projectos em países pobres e emergentes e um Fundo de Reservas por entenderem que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional já não respondem às suas necessidades.
Muitos consideram, nos tempos que correm, serem uma ameaça às grandes potências como os EUA, a UE ou o G7, mas a verdade é que, para já, não são mais do que uma aliança política, por forma a converter o seu cada vez maior poder económico em influência geopolítica.
No quadro do conflito que ocorre agora, a curiosidade é terem reunido uma semana antes do G7 e da NATO, sabendo que a questão da guerra estaria obrigatoriamente na agenda destes e com medidas previsíveis contra o país invasor. O G7 que logo, também, anunciou medidas de apoio às nações menos desenvolvidas e assumiu novas sanções e a Aliança Atlântica que publicitou as adesões da Suécia e da Finlândia e procedeu a robustas redefinições militares. E a seguir virá a reunião dos G20, na Indonésia. Com convite a Putin para estar presente.
O mundo está alvoraçado. Vivemos dias atribulados. E o amanhã está, a cada dia que passa, mais imprevisível. E isso não é bom para ninguém.